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Comunidade LGBTQIA+ pode vir ao Qatar, mas não tente nos mudar, diz ministro

Bandeirinha de futebol com as cores do arco-íris, símbolo LGBTQIA+ - imagean/Getty Images/iStockphoto
Bandeirinha de futebol com as cores do arco-íris, símbolo LGBTQIA+ Imagem: imagean/Getty Images/iStockphoto

30/11/2022 09h57

Membros da comunidade LGBTQIA+ podem ir à Copa do Mundo no Qatar, mas o Ocidente não pode "ditar" aos qataris no que eles devem acreditar, disse o ministro da Energia do Qatar, Saad Sherida Al-Kaabi, ao jornal alemão "Bild" nesta quarta-feira (30)

"Se eles quiserem visitar o Qatar, não temos nenhum problema com isso. Se você quer me mudar para que eu diga que acredito em LGBTQIA+, que minha família deveria ser LGBTQIA+, que aceito LGBTQIA+ em meu país, que mudo minhas leis e as leis islâmicas para satisfazer o Ocidente, então isso não é aceitável", afirmou o ministro.

No Qatar, a homossexualidade é crime. Antes da Copa do Mundo, o assunto gerou polêmicas e elas continuam crescendo durante a competição. Inicialmente, as seleções foram barradas pela Fifa de utilizarem uma faixa de capitão com a mensagem "One Love" e nas cores do arco-íris em apoio ao grupo LGBTQIA+.

A decisão da Fifa irritou as seleções e foi alvo de protesto da Alemanha antes da partida contra o Japão na primeira rodada da fase de grupos. Na foto oficial, os jogadores alemães tamparam a boca e a federação se posicionou nas redes sociais.

Nos estádios, torcedores têm sido proibidos de entrarem com bandeiras, camisas ou qualquer objeto que remeta à causa. Mesmo assim, os protestos se fazem presentes. Na partida entre Uruguai e Portugal na última segunda-feira (28), um torcedor invadiu o gramado carregando uma bandeira com as cores do arco-íris, além de vestir uma camiseta com mensagens de apoio às mulheres iranianas e à Ucrânia.