Senegal busca acabar com a seca africana contra a Inglaterra
Por Steve Keating
AL RAYYAN, Catar (Reuters) - Em um torneio repleto de surpresas, o Senegal tentará entrar na lista de zebras nas oitavas de final no domingo, quando enfrentarem a Inglaterra, que nunca perdeu para uma seleção africana.
Para que o Senegal consiga promover essa surpresa, talvez não poderão contar com seu líder inspirador e treinador Aliou Cissé, que foi posto de lado por uma doença.
Além do desafio, os campeões africanos estarão definitivamente sem seu general Idrissa Gueye, que está suspenso para a partida no Al Bayt depois de receber um segundo cartão amarelo contra o Equador em sua última partida pela fase de grupos.
"Ele (Cissé) está doente há alguns dias e nos deixou encarregados do treinamento ontem, obviamente com suas instruções", disse o auxiliar técnico Regis Bogaert aos repórteres neste sábado.
"Esperamos que amanhã ele possa vir e estar no banco com os jogadores, mas temos certeza que às 22h ele estará lá com a equipe."
A Inglaterra enfrentou adversários africanos 20 vezes, incluindo sete em Copas do Mundo, e nunca perdeu.
Embora as seleções africanas tenham perdido oito de seus nove jogos da fase de mata-mata de Copas do Mundo contra seleções europeias, Cissé estava lá no único sucesso africano em 2002, quando o Senegal venceu a Suécia para chegar às quartas de final daquele Mundial.
O Senegal derrotou a então campeã França na primeira fase daquele Mundial e Cissé compartilhou essas lembranças com seus jogadores antes do encontro com a Inglaterra.
"Quando ele fala, ele usa dados e suas próprias experiências", disse Bogaert. "Ele fez parte daquele grande time em 2002 e acho que o time realmente confia nele por causa daquela experiência que ele teve como jogador."
"Vencer a Inglaterra seria um feito tremendo, não sei como seria importante em comparação com a vitória de 2002, que também foi importante. Se conseguirmos vencer uma equipe como a Inglaterra, isso enviará uma mensagem muito forte sobre o progresso que fizemos."
Cissé está no comando do Senegal desde 2015 e guiou os Leões de Teranga a várias conquistas inéditas, incluindo seu primeiro título da Copa das Nações Africanas neste ano.
Bogaert explicou que o Senegal fez seu dever de casa e prestou atenção especial às bolas paradas --uma parte do jogo em que a Inglaterra tem sido particularmente perigosa nos últimos anos.
"Identificamos algumas coisas e a coisa mais importante é que as bolas paradas podem ser decisivas nestas partidas de ponta", disse Bogaert. "Também esperamos aproveitar as bolas paradas."
"Nossa estratégia está implementada", garantiu.
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