Torcedoras se sentem seguras com consumo reduzido de álcool na Copa do Mundo
Por Philip O'Connor e Helena Williams
DOHA (Reuters) - Muitos torcedores ficaram revoltados com a ideia da Copa do Mundo acontecer em um país conservador como o Catar, onde a venda de álcool é altamente restrita, mas para algumas torcedoras isso levou a uma experiência mais segura no torneio.
"Estava à espera de um lugar muito perigoso para as mulheres. Não pensei que estaria segura aqui... de vir para cá, não tem sido o caso, como uma torcedora itinerante posso dizer que me senti muito segura", disse a torcedora da Inglaterra Ellie Molloson à Reuters.
Molloson, que é embaixadora de uma campanha para combater o sexismo no futebol chamada HerGameToo, disse que seu pai estava tão preocupado que a acompanhou ao Catar para garantir que ela estaria segura, mas descobriu que sua companhia não era necessária.
A jovem de 19 anos disse que a falta de álcool contribuiu para um clima menos hostil nos jogos da Copa do Mundo, mas, em sua opinião, o principal fator é cultural.
"Acho que na verdade é devido a uma sociedade socialmente mais conservadora. Acho que o álcool contribui um pouco mais para a hostilidade, em vez de coisas como vaias, assobios e assédio sexual", explicou ela.
A torcedora argentina Ariana Gold, de 21 anos, disse à Reuters que estava nervosa antes de viajar para o Oriente Médio, pois não sabia o que esperar.
"É muito bom para as mulheres, gosto muito de futebol e quando estive no meu país pensei que talvez esta (Catar) seja uma área apenas para homens, e talvez seja desconfortável para as mulheres, mas não, estou muito confortável e é muito bom aqui", disse ela.
O álcool está disponível em alguns bares e hotéis do Catar, mas há uma evidente falta do tipo de consumo normalmente visto no maior torneio de futebol do mundo.
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