Mercedes está observando caso de Massa com interesse, diz Wolff
A tentativa jurídica de Felipe Massa de reverter o campeonato mundial de Fórmula 1 de 2008 certamente abrirá um precedente e a Mercedes está observando "com curiosidade", disse o chefe da equipe, Toto Wolff, nesta sexta-feira.
Massa, ex-piloto da Ferrari, perdeu o título por um ponto para Lewis Hamilton, atualmente na Mercedes e heptacampeão mundial.
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O brasileiro, de 42 anos, diz que uma suposta "conspiração" lhe tirou o título porque os dirigentes do esporte sabiam que o Grande Prêmio de Cingapura de 2008 havia sido manipulado, mas não tomaram nenhuma providência até um ano depois.
O então piloto da Renault Nelson Piquet Jr revelou em 2009 que havia sido instruído pelos chefes de equipe a bater deliberadamente em Cingapura, provocando um safety car que ajudou seu companheiro de equipe Fernando Alonso a vencer.
Massa, que estava liderando até aquele momento, não conseguiu pontuar depois de um pitstop malfeito.
Wolff disse que as reivindicações legais de Massa são "interessantes de acompanhar. Claramente, não é algo que alguém tenha previsto. As regras são bastante claras na Fórmula 1", acrescentou o austríaco.
"Será que há um processo civil por trás disso? Certamente abrirá um precedente, seja ele qual for. Estamos olhando de fora com curiosidade."
Hamilton perdeu o campeonato de 2021 em circunstâncias polêmicas na corrida final em Abu Dhabi para Max Verstappen, da Red Bull, quando o procedimento do safety car foi ajustado pelo diretor de prova Michael Masi, que já deixou o cargo.
Wolff sugeriu que esse resultado também poderia ser contestado se Massa tiver sucesso em seu caso.
"A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) comentou sobre a corrida de 2021 com uma declaração clara, e é por isso que estamos analisando o assunto com interesse", disse ele.
A FIA afirmou em março de 2022, após uma investigação, que "os resultados do Grande Prêmio de Abu Dhabi de 2021 e do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA são válidos, finais e não podem ser alterados agora".
(Reportagem de Alan Baldwin em Londres)