Hamilton quer vencer no Brasil de olho em glória futura

Por Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) - Lewis Hamilton acredita que pode voltar mais forte do que nunca no ano que vem e já está montando um programa de pós-temporada para lançar sua candidatura ao oitavo campeonato mundial de Fórmula 1, um recorde.

Primeiro, porém, o piloto da Mercedes espera voltar ao topo do pódio no Brasil nesse fim de semana, a última prova com corrida sprint da temporada de Fórmula 1.

No ano passado, ele terminou em segundo lugar no Grande Prêmio de São Paulo, em Interlagos, ao lado do companheiro de equipe George Russell, naquela que continua sendo a última vitória da Mercedes na categoria.

"Fizemos uma dobradinha, mas pretendo fazer melhor neste fim de semana", disse Hamilton à Reuters em um evento organizado pela patrocinadora da equipe, a Petronas.

O piloto de 38 anos, recordista de vitórias na categoria com 103, não vence desde 2021, mas continua otimista em relação ao futuro.

"Neste momento, já estou pensando no meu inverno (no Hemisfério Norte). Já estou montando meu campo de treinamento", disse ele.

"Não se trata apenas de treinamento, mas de recuperação, meditação, limpeza do corpo, passar por todos esses processos e dedicar tempo para isso, além de passar tempo com a família e reenergizar", disse.

"Estou planejando tudo isso para que eu possa voltar na próxima temporada mais forte do que nunca."

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"Com toda essa experiência que tenho, acho que devo ser capaz de fazer um trabalho melhor a cada ano. E estou tentando conquistar o campeonato", acrescentou.

Interlagos e o Brasil ocupam um lugar especial no coração de Hamilton, pois é o lar de seu ídolo de infância Ayrton Senna e um país que lhe concedeu cidadania honorária e lhe trouxe muitos fãs locais.

Ele disse que sua vitória em 2021, na qual deu uma volta de vitória com a bandeira brasileira, foi considerada uma das mais emocionantes de sua carreira.

"Eu adoro essa pista. É uma pista muito legal. Há algo muito especial no Brasil, há a energia daqui, as pessoas, a cultura, o idioma que eu preciso aprender", explicou.

"Isso torna o lugar todo muito especial. Isso, para mim, me dá energia."

Hamilton terminou as duas últimas corridas em segundo lugar na pista, embora tenha sido desclassificado do Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Austin, quando o carro não passou nas verificações pós-corrida, e parece cada vez mais confortável no carro.

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A Red Bull tem sido dominante, com Max Verstappen agora tricampeão, mas Hamilton estava otimista de que a equipe poderia diminuir a diferença.

Mike Elliott, cuja saída como diretor técnico da Mercedes foi anunciada na terça-feira, não estará com eles, mas Hamilton disse que sua contribuição não será esquecida.

"Conheci Mike quando estava na McLaren e trabalhamos juntos por muito tempo. Sempre tive um ótimo relacionamento com Mike e o admiro muito. Ele é um cara muito inteligente", disse o britânico.

"Tivemos ótimas conversas, aprendi muito com ele sobre aerodinâmica, por exemplo. Ele tem sido parte integrante da minha equipe."

"Seu contrato estava chegando ao fim e ele tomou a decisão de seguir em frente. É preciso tentar não olhar para isso de forma negativa, é preciso desejar o melhor para as pessoas", acrescentou o britânico.

"Espero que continuemos a ter o relacionamento que sempre tivemos. Não se pode jogar fora todos esses anos maravilhosos juntos. Sou muito grato a ele, porque ele fez parte do sucesso que tivemos ao longo desses anos."

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