Tribunal da Itália absolve Maradona de evasão fiscal anos após morte do argentino

ROMA (Reuters) - A mais alta corte da Itália inocentou o ídolo do futebol argentino Diego Maradona de acusações de evasão fiscal, encerrando uma batalha legal de 30 anos entre o ex-jogador do Napoli e as autoridades fiscais.

Maradona foi acusado de supostamente usar empresas em Liechtenstein para se esquivar de taxas legais ao receber pagamentos entre 1985 e 1990 do clube Napoli por seus direitos de imagem.

"Acabou e posso afirmar claramente, sem medo de ser contradito, que Maradona nunca foi um sonegador de impostos", disse seu advogado, Angelo Pisani, à Reuters.

A Corte de Cassação de Roma anulou um veredicto de 2018 em meados de dezembro, mostrou um documento do tribunal publicado na quarta-feira e visto pela Reuters.

Maradona morreu em novembro de 2020 de ataque cardíaco. Os torcedores do Napoli e da seleção argentina o adoravam como um "deus do futebol".

As investigações sobre os pagamentos de impostos do jogador começaram no início da década de 1990 e resultaram em cobranças de 37 milhões de euros e no confisco de alguns dos pertences do jogador durante suas visitas à Itália.

Pisani acrescentou que o veredicto final "faz justiça aos torcedores, aos valores do esporte, mas principalmente à memória de Maradona".

"Coloca uma lápide em uma perseguição que ele sofreu por 30 anos", disse.

"Os herdeiros agora têm o direito legal de pedir indenização", afirmou Pisani. "Espero que eles usem isso, em memória do pai."

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