Biles diz que não ficaria arrasada se não participasse da Olimpíada de Paris
Por Steve Keating
(Reuters) - A ginasta norte-americana Simone Biles disse que ela se sentiu um fracasso após a Olimpíada de Tóquio e não ficaria arrasada se não fizesse parte da equipe dos Estados Unidos para os Jogos de Paris neste ano.
Biles chegou às Olimpíadas de Tóquio 2020 buscando um recorde de seis medalhas de ouro, mas retornou para casa com apenas uma de prata e uma de bronze, após sofrer uma crise de confiança que levou a norte-americana a desistir de vários eventos, afetada pelos 'twisties', um tipo de bloqueio mental em que ginastas ficam desorientadas.
"Gostaria de sentar aqui e dizer que foi glorioso", disse Biles à revista Vanity Fair sobre o tempo que passou afastada após as Olimpíadas de Tóquio. "Quando tirei folga depois de 2016 (Olimpíada do Rio), eu me diverti muito. Estava fazendo nada e tudo ao mesmo tempo".
"Mas depois de 2020, foi meio deprimente até eu começar terapia e receber ajuda".
"Eu me senti um fracasso"
Após um hiato de quase dois anos, Biles retornou às competições no último mês de agosto, no US Classic, provando que continua sendo a força dominante do esporte, conquistando a competição individual geral. Semanas depois, ela bateu o recorde de títulos dessa categoria no Campeonato Norte-Americano de Ginástica, ao ser campeã pela oitava vez.
No Mundial do ano passado na Bélgica, ela conquistou quatro medalhas de ouro e igualou o recorde de seis títulos do individual geral.
Por esses resultados, Biles deveria fazer parte da equipe dos EUA para os Jogos de Paris, entre 26 de julho e 11 de agosto, mas, se não fizer, a tetracampeã olímpica disse que seguiria em frente.
"Se eu não for a Paris, isso não vai me arrasar de forma alguma", disse Biles, que será a capa da Vanity Fair em fevereiro.
(Reportagem de Steve Keating em Toronto)
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