Patinadora russa culpa sobremesa do avô por antidoping positivo, diz TAS

A patinadora artística russa Kamila Valieva culpou uma sobremesa de morango feita pelo avô por seu teste positivo de antidoping, alegando que o prato foi preparado na tábua que o idoso havia usado anteriormente para amassar seus remédios em comprimido, disse o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, na sigla em francês) hoje (7).

O TAS publicou sua sentença arbitral nesta quarta-feira explicando as razões para a suspensão por quatro anos aplicada em janeiro contra Valieva por doping.

A mais alta corte do esporte declarou Valieva culpada por cometer uma violação das regras anti-doping (ADRV, na sigla em inglês), após a descoberta de Timetazidina (TMZ) em uma amostra recolhida em dezembro de 2021, durante o Campeonato Nacional da Rússia.

O TAS informou que Valieva, em suas alegações, disse que a substância proibida entrou em seu corpo pelo consumo de sobremesa preparada pelo avô na tábua que ele havia amassado comprimidos que continham TMZ.

"O painel do CAS determinou que essa explicação não foi corroborada por nenhuma evidência concreta e que a atleta não foi capaz de estabelecer que não havia cometido a violação intencionalmente", disse o CAS.

Todos os resultados competitivos de Valieva desde a data da infração foram anulados, incluindo a medalha de ouro que ela ajudou o Comitê Olímpico Russo a conquistar no evento por equipes dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022. A Rússia afirmou irá recorrer da decisão que retirou a medalha.

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