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Infantino é reeleito presidente da Fifa até 2027 e projeta era de crescimento da federação

Gianni Infantino, presidente da Fifa, discursa no 72º congresso da entidade - Alexander Hassenstein - FIFA/FIFA via Getty Images
Gianni Infantino, presidente da Fifa, discursa no 72º congresso da entidade Imagem: Alexander Hassenstein - FIFA/FIFA via Getty Images

16/03/2023 07h35

O anúncio veio sem surpresa: Gianni Infantino foi reeleito presidente da Fifa nesta quinta-feira (16) e fica à frente da federação internacional de futebol até 2027. Para seus próximos anos de mandato, o ítalo-suíço projeta uma era de expansão da instituição, com mais competições e mais receitas.

A eleição aconteceu durante o 73º Congresso da Fifa em Kigali. Sem rivais, os delegados das 211 federações membros aclamaram o chefão da Fifa e único candidato para mais um mandato.

Apesar de dirigentes europeus terem declarado sua insatisfação com o nome de Infantino, após diversos escândalos nas construções da Copa do Mundo de 2022 no Catar, não houve acordo em torno de um nome para apresentar um candidato opositor.

À frente do futebol mundial desde 2016, Infantino mostra sólidos resultados financeiros, com um aumento de 18% na renda da Fifa e um crescimento de 45% nas reservas da instituição entre 2019 e 2022. No período, ela ampliou os subsídios dados a outras federações pelo mundo.

Mais jogos, mais dinheiro

Os principais projetos de Infantino para os próximos anos já foram aprovados, começando pela expansão da Copa do Mundo masculino que terá pela primeira vez, em 2026, 48 seleções e não apenas 32.

A Copa, que será realizada de maneira compartilhada entre Estados Unidos, Canadá e México, terá uma primeira fase com 12 grupos de quatro equipes. Assim, o torneio passa a ter 104 partidas, quarenta a mais que em outras edições.

O aumento da Copa do Mundo deve gerar uma grande expansão da receita de ingressos para os jogos, mas também de direitos de transmissão.

A federação internacional pretende ampliar também seu Mundial de Clubes, passando do atual formato anual disputado por sete equipes para um torneio que acontece a cada quatro anos com 32 equipes. Contudo, esse projeto tem se mostrado de difícil realização.

O Fórum Mundial das Ligas (WLF), que reúne cerca de 40, denunciou decisões "sem consulta", que sobrecarregariam ainda mais "um calendário já cheio, e não levariam em conta o impacto na competitividade das ligas domésticas e na saúde dos jogadores".

Até 2031?

Ainda que o estatuto da organização com sede em Zurique preveja três mandatos de até quatro anos, Infantino já abriu caminho para permanecer até 2031, declarando em meados de dezembro que estava "ainda em seu primeiro mandato". O argumento do chefão é o de que seu primeiro mandato foi incompleto, já que foi de 2016 a 2019.

O horizonte parece claro para o advogado de fala mansa que disse mais uma vez nesta quinta pretender "tornar o futebol verdadeiramente global".