! Internacional vence Barcelona e é campeão do Mundial de Clubes - 17/12/2006 - EFE - Esporte
UOL EsporteUOL Esporte
UOL BUSCA


 


17/12/2006 - 10h40
Internacional vence Barcelona e é campeão do Mundial de Clubes

Yokohama (Japão), 17 dez (EFE).- Na base da raça e da superação, o Internacional venceu o Barcelona por 1 a 0 neste domingo, no Yokohama Stadium, e conquistou o título do Mundial de Clubes da Fifa, inédito na história do clube.

Além de garantir a taça, o Inter driblou todo o favoritismo do Barcelona, considerado favorito por todos após a goleada de 4 a 0 no América do México na semifinal. Por sua vez, os gaúchos chegavam desacreditados por passarem sufoco para bater o Al-Ahly egípcio por 2 a 1.

E os europeus trataram de confirmar seu favoritismo logo no primeiro minuto. Ronaldinho Gaúcho - considerado a maior ameaça para os gaúchos - lançou Giuly, mas o passe saiu forte e acabou na linha de fundo.

Aos quatro, o Internacional respondeu com Wellington Monteiro num chute de fora da área, que passou à esquerda do gol. A segunda boa chance dos gaúchos veio aos 13, com Alexandre Pato perdendo bola na área após passe de Fernandão.

Quatro minutos depois, o lateral-esquerdo holandês Van Bronckhorst arriscou de fora da área, Clemer espalmou para o lado e Ronaldinho aproveitou o rebote, chutando para defesa do goleiro.

Desde o início, as duas equipes estiveram mais preocupadas em tocar a bola que em usar da violência para frear os ataques adversários - uma prova disso foi que a primeira falta só aconteceu aos 16 minutos, com o brasileiro Thiago Motta, do Barça, empurrando Fernandão.

O time espanhol teve sua melhor chance aos 27 minutos, em cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho. Na hora de defender, Clemer hesitou e quase largou a bola, mas voltou a pegá-la.

A defesa do Inter teve boa atuação no início da partida, principalmente com o zagueiro Fabiano Eller e o lateral-direito Ceará - implacáveis na marcação a Ronaldinho.

No fim do primeiro tempo, as duas equipes caíram de produção e o jogo ficou mais truncado. Ronaldinho Gaúcho tratou de mudar isso aos 33 minutos, em bela jogada individual concluída com um chute que passou rente à trave direita de Clemer.

Na volta para o segundo tempo, os técnicos fizeram alterações.

Abel Braga colocou o colombiano Vargas no lugar de Alex para tentar melhorar o passe do Inter, enquanto o holandês Frank Rijkaard mandou a campo o brasileiro Belletti no lugar do italiano Zambrotta, discreto no primeiro tempo.

O Inter teve a primeira chance, com Alexandre Pato recebendo lançamento no ataque, mas o bandeirinha marcou impedimento.

Aos quatro minutos, o francês Giuly invadiu a área e chutou cruzado, mas a defesa do Inter mandou para a linha de fundo. No escanteio, os zagueiros do time gaúcho voltaram a tirar.

Apesar da entrada de Belletti para reforçar as investidas pelo lado direito, o time espanhol ficou mais atrás no início do segundo tempo, dando ao Inter a chance de avançar.

E os brasileiros até chegaram bem num contra-ataque rápido aos sete minutos, mas Wellington Monteiro errou passe fácil e acabou com a chance. No minuto seguinte, Alexandre Pato chutou cruzado da lateral da área, mas a bola passou para cima.

Com as duas equipes evitando as jogadas pelas laterais, a partida ficou congestionada no meio - totalmente diferente do que acontecera na primeira etapa. Thiago Motta, um dos mais violentos do Barça em campo, levou cartão amarelo por falta dura em Iarley.

Assim como no primeiro tempo, o Inter se limitou a chutar de longe, mas o goleiro Valdés não toca na bola.

Belletti arriscou chute de fora da área aos 11, mas a bola bate num zagueiro e Clemer fez a defesa.

O técnico Abel Braga tirou o atacante Alexandre Pato e colocou Luiz Adriano, que marcou o gol da vitória de 2 a 1 sobre o Al-Ahly.

Aos 16, o Inter chega com perigo pela primeira vez. Iarley aproveita sobra da zaga e chuta para defesa de Valdés. A partir daí, só deu o time gaúcho: Iarley, novamente, e Luiz Adriano ameaçam e acabam desarmados, mas a postura é completamente diferente do início.

Pouco depois, o Inter teve Fernandão, capitão da equipe, sentindo câimbras. Abel Braga chegou a ensaiar a entrada de Adriano em seu lugar, mas no lance seguinte Índio se chocou com Edinho e teve de sair de maca, sangrando muito.

Em meio a estes problemas, o Barça chegou perigosamente com Xavi aos 28, em chute cruzado que obrigou Clemer a fazer difícil defesa.

Em seguida, ele chegou novamente e cruzou com perigo, mas Edinho coloca pela linha de fundo.

Aos 30, Fernandão voltou a sentir e pediu para deixar o campo, para a entrada de Adriano. Índio, por sua vez, voltou sangrando, foi atendido novamente e colocou uma bandagem.

Iarley, que assumiu a função de capitão com a saída de Fernandão, fez boa jogada e tocou para a área, mas dois jogadores do Inter estavam impedidos.

O Barcelona voltou a pressionar a equipe gaúcha com três lances seguidos, com Van Bronckhorst, Xavi e Ronaldinho.

Porém, quem marcou foi o Internacional. Aos 36 minutos, Iarley recebeu passe no ataque, driblou Puyol e tocou para Adriano, que acabara de entrar. Em seu primeiro lance no jogo, ele invadiu a área e chutou na saída de Valdés, abrindo o placar para os brasileiros.

A desvantagem colocou o Barcelona todo à frente, em busca do empate. E aí foi a vez do goleiro Clemer, muito criticado antes do início do Mundial, brilhar. Aos 38, ele fez excelente defesa numa bomba de Deco da entrada da área, espalmando por cima do gol.

A pressão dos espanhóis era tanta que Adriano, o autor do gol, levou cartão amarelo após falta no zagueiro Puyol.

Aos 40, foi a vez de Ronaldinho cobrar falta perigosa, da entrada da área. A bola passou rente à trave direita de Clemer. Rijkaard tentou tornar o time mais ofensivo com a entrada do espanhol Ezquerro no lugar do islandês Gudjohnsen, nulo na partida.

Quando estava com a bola nos pés, o Internacional tratou de segurar a bola no ataque e esperar o final do jogo - que iria até os 48, segundo o árbitro guatemalteco Carlos Batres. E quem brilhou foi o meia Iarley, melhor da partida, que soube conter as investidas dos espanhóis.

Faltando um minuto para o fim, Clemer garantiu o título ao tirar uma bola nos pés de Iniesta dentro da área, salvando o Inter de levar o gol que levaria a partida para a prorrogação.

O título garante a hegemonia do Brasil na competição: na primeira edição, em 2000, o Corinthians foi campeão, enquanto o São Paulo faturou no ano passado em cima do Liverpool. Além disso, é a segunda derrota do Barcelona em decisões de título mundial: em 2002, os catalães caíram ante o Tricolor paulista na extinta Copa Intercontinental, também no Japão.

Ficha técnica: Internacional: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Alex (Vargas, intervalo) e Fernandão (Adriano, aos 30 minutos do segundo tempo); Alexandre Pato (Luiz Adriano, aos 15 min do segundo tempo) e Iarley.

Barcelona: Valdés; Zambrotta (Belletti, intervalo), Puyol, Rafa Márquez e Van Bronckhorst; Thiago Motta (Xavi, aos 13 min do segundo tempo), Iniesta, Deco e Giuly; Ronaldinho Gaúcho e Gudjohnsen (Ezquerro, aos 42 min do segundo tempo).

Cartões amarelos: Índio e Adriano (Internacional); Thiago Motta (Barcelona).

Árbitro: Carlos Batres (GUA).

ÚLTIMAS NOTÍCIAS
03/09/2007
Mais Notícias