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Catuana/ Kim quebra recorde da Regata Volta à Ilha de Santa Catarina

07/12/2003 18h22

Da Redação
Em São Paulo

Finalmente, depois de 13 anos de tentativas frustradas, o recorde da Regata Volta à Ilha de Santa Catarina, de 9h39min marcado em 1989, e que pertencia ao iate Madrugada, caiu.

E o responsável foi o veleiro Catuana/Kim, do comandante Paulo Cocchi, que, para a 35a edição da prova, promovida pelo Iate Clube Veleiros da Ilha e disputada no sábado, montou uma tripulação repleta de velejadores consagrados e, após 9h13min de regata cruzou a linha de chegada, montada tradicionalmente no trapiche do GBS, baixando a antiga marca em 26 minutos. Além do recorde, o Catuana/Kim também foi vencedor na categoria Bico de Proa.

O Catuana/Kim formou sua tripulação, basicamente com velejadores de monotipos, como Leonardo Back, Bruno Fontes e Bruno di Bernardi, todos da equipe FEVESC/Golden Bingo de vela, além de Rodrigo Barbosa Lima e Alexandre Back, mesclados a experientes iatistas oceânicos como Luciano Pacheco, Ian Owkzarzak, o próprio Paulo Cocchi e Carlos Silva.

Junto a eles estavam também Carlos Portela, Cesar Dias e Wagner Bernardino. O entrosamento foi tamanho que o comandante Paulo Cocchi já pensa em manter o grupo unido para as próximas regatas.

"Ano que vem estaremos na Volta à Ilha outra vez prontos para melhorar nossa própria marca".

Mesmo andando bem, ninguém apostava na vitória do Catuana/Kim antes da largada, um barco de cruzeiro, pesando 8 toneladas não poderia ter muitas chances.

Porém, a previsão do tempo indicava mar agitado com ondas de até 3,5 metros e ventos médios do quadrante Sul, com rondadas para Leste. Era a regata do Catuana, que com toda estabilidade do seu lastro e sua imensa área vélica (só a vela balão tem 185 m²), foi abrindo vantagem dos concorrentes logo após a largada, cruzando a saída da Barra Sul já com 10 minutos de vantagem sobre segundo colocado.

E veio a costa Leste da Ilha, cumprida inteira a favor do vento e com vela balão içada. Nesta condição os barcos atingem suas maiores velocidades, o Catuana/Kim chegou a atingir os 14.1 nós, cerca de 26.3 Km/h, e na altura da Ilha do Xavier, em frente à Praia Mole, a vantagem já era de 20 minutos sobre o Gosto d'Água/Plastkolor, segundo colocado.

A condição do vento, com influências de Leste, continuou favorecendo o deslocamento na baía Norte, O Catuana/ Kim cumpriu esta parte do percurso em poucos bordos, e, a medida que a linha de chegada se aproximava, a ficha foi caindo. Ninguém queria errar e a tensão foi aumentando até que veio o apito final soado pelo árbitro Ricardo Silveira. O recorde estava batido.

"Foi sensacional. Não largamos muito bem, mas manobramos bem e conseguimos ser mais velozes do que os outros barcos. Tínhamos uma tripulação muito forte", analisa Leonardo Back, timoneiro recordista do Catuana.