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De olho na 3ª medalha olímpica, Scheidt festeja resultados de 2003

19/12/2003 13h32

Da Redação
Em São Paulo

"Só faltou o heptacampeonato mundial". Essa é a análise do velejador Robert Scheidt sobre o ano de 2003, quando ele conquistou oito títulos, incluindo o 100º da carreira, em agosto, na Pré-Olímpica de Atenas, na Grécia.

Aos 30 anos, 21 deles velejando, Scheidt terminou o ano como o mais vitorioso atleta brasileiro em atividade: são 85 conquistas na classe Laser, sua especialidade, incluindo seis títulos mundiais e duas medalhas olímpicas (ouro em Atlanta-1996 e prata em Sydney-2000), duas na Optimist, classe em que começou a velejar, quatro na Snipe, uma na Finn, duas na Star e seis em Oceano.

Em 2003, além do título conquistado na Grécia, na classe Laser, o velejador foi campeão brasileiro pela nona vez na carreira, paulista pela oitava vez, pentacampeão da Semana de Spa, na Holanda, campeão da Semana Pré-Pan-Americana em Porto Alegre e tricampeão pan-americano em Santo Domingo (com dez vitórias em dez provas).

Na classe Star, Scheidt conquistou a Semana Internacional do YCSA, em São Paulo. Em Oceano, foi campeão da classe 40.7 da Búzios Sailing Week.

"Tive um ano realmente muito bom e que só não foi fora de série porque perdi o heptacampeonato mundial na última regata do torneio. Apesar disso, o vice-campeonato foi um grande resultado, assim como o tri dos Jogos Pan-Americanos. Mas o título mais importante foi o de Atenas, o 100º da minha carreira", declarou o iatista.

Com o desempenho de 2003, Robert Scheidt terminou o ano na segunda colocação do ranking da Federação Internacional de Vela (ISAF), apenas 15 pontos atrás do australiano Michael Blackburn, que conquistou cinco títulos no ano.

O brasileiro ainda foi eleito o melhor velejador de 2003 pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e perdeu a eleição de melhor atleta do ano para o amigo Fernando Meligeni.

"Foi motivo de muito orgulho ficar entre os três indicados pela quarta vez em cinco edições do prêmio. O Meligeni mereceu vencer, assim como o Giovane (vôlei) era outro forte candidato", disse Scheidt, vencedor do prêmio em 2001.

Para 2004, o foco central de Robert Scheidt é a conquista da terceira medalha olímpica. Para conseguir esse feito, o iatista reduziu o número de competições antes da Olimpíada e vai voltar a treinar na raia ateniense antes do início dos Jogos, programado para 13 de agosto.

"Sei que possuo reais condições de conseguir minha terceira medalha olímpica e não vou medir esforços para voltar com ela no pescoço", disse o brasileiro, que conquistou vaga para o Brasil na classe Laser, mas ainda precisa garantir a sua presença na disputa da Semana Pré-Olímpica de Búzios, em março próximo.