Medalhões brasileiros iniciam disputa por vaga em Atenas
Por Adalberto Leister Filho
Agência Folha
Em São Paulo
Favoritos à medalha olímpica, Robert Scheidt (laser) e Torben Grael e Marcelo Ferreira (star), entre outros, começam a fazer a lição de casa neste segunda-feira, em Búzios (RJ), no Pré-Olímpico brasileiro.
Com vaga garantida para o país em 7 das 11 classes olímpicas, a competição irá definir quem serão os representantes nacionais nos Jogos de Atenas. Em três classes -470 (feminino), europa e tornado-, o Brasil ainda busca vaga nos Mundiais, que serão disputados entre abril e maio. O Brasil não compete na classe yngling.
O campeonato será realizado em duas etapas. Na primeira, de segunda a sexta-feira, haverá nove regatas, com dois descartes dos piores resultados. A fase final será de 10 a 14 de março, com mais nove regatas e outros dois descartes.
Por ora, apenas André Fonseca e Rodrigo Linck, na 49er, estão garantidos na Olimpíada. Sem concorrentes no Brasil, os velejadores irão aproveitar as duas semanas de campeonato para treinar.
Principal esperança de medalha na Grécia, Scheidt, 30, sabe que seu sonho dourado pode ser abortado pela raiz, caso não confirme em casa o favoritismo.
"O Pré-Olímpico nacional é diferente. É uma grande pressão e sei que serei muito cobrado. Vou enfrentar grandes velejadores, que também querem disputar a Olimpíada", analisa o velejador, hexacampeão mundial, que não despreza a concorrência de rivais pouco conhecidos, como André Streppel, Bruno Fontes, Andreas Perdicaris e Mateus Tavares.
Brasileiro mais laureado em Olimpíadas no iatismo -é dono de um ouro, uma prata e dois bronzes-, Torben é outro que participa do torneio com amplo favoritismo de ratificar a vaga.
Mas, no passado, a seletiva já trouxe surpresas. No classificatório para os Jogos de Los Angeles-1984, Lars Grael e Glein Haynes destronaram na classe tornado os favoritos Alex Welter e Lars Bjorkstrom, campeões olímpicos em Moscou, quatro anos antes.
Situação oposta se vive agora. "Não temos grandes nomes na tornado desde que o Lars deixou de competir", lamenta Walcles de Alencar Osório, presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor, que irá investir R$ 60 mil na organização do Pré-Olímpico.
Em Búzios, a grande disputa deve ser na 470. Alexandre Paradeda e Bernardo Arndt buscam confirmar a vaga obtida no Mundial de Cádiz (Espanha), em 2003, quando ficaram em 16º lugar. Em janeiro, porém, eles foram derrotados no Brasileiro, no Rio, por Bruno Bethlem e Fernando Sesto.
"Vai ser um campeonato parelho. No Brasileiro a disputa foi acirrada até o último dia. Mas essa insegurança é boa, deixa a gente ligado", diz Paradeda, campeão mundial na classe snipe em 2001.
Outra luta equilibrada será na finn, cujo Mundial foi encerrado há duas semanas, no Rio.
O titular da equipe olímpica, por enquanto, é João Signorini, o Joca, que terminou o Mundial em nono lugar e foi o melhor brasileiro. Seu maior adversário é Bruno Prada, 21º colocado no Rio, que costuma ser companheiro de Scheidt quando este veleja na star.
Em Búzios, o escasso número de competidores será uma dificuldade a mais. "Haverá só quatro barcos. Com isso, o mais importante é a velocidade, a tática e fazer uma boa largada", diz Joca.
Agência Folha
Em São Paulo
Favoritos à medalha olímpica, Robert Scheidt (laser) e Torben Grael e Marcelo Ferreira (star), entre outros, começam a fazer a lição de casa neste segunda-feira, em Búzios (RJ), no Pré-Olímpico brasileiro.
Com vaga garantida para o país em 7 das 11 classes olímpicas, a competição irá definir quem serão os representantes nacionais nos Jogos de Atenas. Em três classes -470 (feminino), europa e tornado-, o Brasil ainda busca vaga nos Mundiais, que serão disputados entre abril e maio. O Brasil não compete na classe yngling.
O campeonato será realizado em duas etapas. Na primeira, de segunda a sexta-feira, haverá nove regatas, com dois descartes dos piores resultados. A fase final será de 10 a 14 de março, com mais nove regatas e outros dois descartes.
Marcelo Ferreira (esquerda) e Torben Grael durante regata no Brasil |
Principal esperança de medalha na Grécia, Scheidt, 30, sabe que seu sonho dourado pode ser abortado pela raiz, caso não confirme em casa o favoritismo.
"O Pré-Olímpico nacional é diferente. É uma grande pressão e sei que serei muito cobrado. Vou enfrentar grandes velejadores, que também querem disputar a Olimpíada", analisa o velejador, hexacampeão mundial, que não despreza a concorrência de rivais pouco conhecidos, como André Streppel, Bruno Fontes, Andreas Perdicaris e Mateus Tavares.
Brasileiro mais laureado em Olimpíadas no iatismo -é dono de um ouro, uma prata e dois bronzes-, Torben é outro que participa do torneio com amplo favoritismo de ratificar a vaga.
Mas, no passado, a seletiva já trouxe surpresas. No classificatório para os Jogos de Los Angeles-1984, Lars Grael e Glein Haynes destronaram na classe tornado os favoritos Alex Welter e Lars Bjorkstrom, campeões olímpicos em Moscou, quatro anos antes.
Situação oposta se vive agora. "Não temos grandes nomes na tornado desde que o Lars deixou de competir", lamenta Walcles de Alencar Osório, presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor, que irá investir R$ 60 mil na organização do Pré-Olímpico.
Em Búzios, a grande disputa deve ser na 470. Alexandre Paradeda e Bernardo Arndt buscam confirmar a vaga obtida no Mundial de Cádiz (Espanha), em 2003, quando ficaram em 16º lugar. Em janeiro, porém, eles foram derrotados no Brasileiro, no Rio, por Bruno Bethlem e Fernando Sesto.
"Vai ser um campeonato parelho. No Brasileiro a disputa foi acirrada até o último dia. Mas essa insegurança é boa, deixa a gente ligado", diz Paradeda, campeão mundial na classe snipe em 2001.
Outra luta equilibrada será na finn, cujo Mundial foi encerrado há duas semanas, no Rio.
O titular da equipe olímpica, por enquanto, é João Signorini, o Joca, que terminou o Mundial em nono lugar e foi o melhor brasileiro. Seu maior adversário é Bruno Prada, 21º colocado no Rio, que costuma ser companheiro de Scheidt quando este veleja na star.
Em Búzios, o escasso número de competidores será uma dificuldade a mais. "Haverá só quatro barcos. Com isso, o mais importante é a velocidade, a tática e fazer uma boa largada", diz Joca.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.