Carol Borges vence última regata e fica com vaga olímpica na Mistral
Vicente Toledo Jr.
Enviado especial do UOL
Em Búzios (Rio de Janeiro)
Depois de dez dias de competições, o Brasil finalmente conheceu sua representante na classe Mistral nos Jogos Olímpicos de Atenas. Disputa mais acirrada da seletiva olímpica que acabou neste domingo em Búzios, a classe foi vencida pela carioca Carol Borges somente na última regata.
Carol liderou grande parte do evento, tendo Paula Newlands nos seus calcanhares. No sábado, no entanto, Paula venceu as duas regatas do dia e tomou a dianteira no momento decisivo.
"Fiquei muito frustrada. Não estava acreditando que Deus ia me deixar na mão", comentou a velejadora, que só não perdeu a fé por causa dos familiares.
"Minha família é muito católica. Minha mãe não me deixou perder a fé. Quando a regata acabou, a primeira coisa que pensei foi na justiça de Deus", revelou Carol, que também agradeceu ao apoio da israelense Lee Korzits, com quem treinou por seis meses em Israel.
"Tenho a maior gratidão por ela, que foi meu braço direito. A equipe israelense foi muito legal comigo, graças a eles consegui lugar e pessoal para treinar", afirmou a brasileira, que passou de outubro a fevereiro viajando para o país do Oriente Médio.
A disputa entre Carol e Paula foi tão equilibrada que as duas terminaram o torneio empatadas com nove vitórias e 19 pontos perdidos cada uma. Os resultados foram rigorosamente iguais, mas Carol levou vantagem por ter vencido a última regata.
"Foi uma seletiva emocionante. A vaga só foi decidida no desempate, então estou muito satisfeita apesar de não ter me classificado", comentou Paula, que contou com a assessoria do namorado Ricardo Winicki, representante brasileiro em Atenas na Mistral masculina.
Carol, no entanto, não ficou para trás. Sempre que precisou, ela contou com a ajuda do campeão olímpico Robert Scheidt. "Ele foi muito importante para mim, sempre me ajudou a corrigir meus erros e a trabalhar a parte psicológica", revelou.
Com a sua primeira participação olímpica assegurada, Carol quer agora voltar a Israel para continuar a preparação até o Mundial da modalidade, que acontece no final de abril, na Turquia.
"Ainda preciso ver com a federação, mas quero treinar lá porque aqui no Brasil é muito difícil conseguir pessoas de alto nível. Depois pretendo passar um tempo em Atenas para conhecer melhor o local das Olimpíadas", disse.
Para as Olimpíadas, Carol espera conseguir um bom resultado, já que as demais competidoras, principalmente as italianas e neozelandesas, são mais experientes.
"O nível é altíssimo. Para conseguir uma medalha, é preciso ter muita experiência. Vou dar meu melhor para conseguir um bom resultado. Só o fato de estar lá já será uma grande vitória para mim", afirmou a velejadora, que começou no esporte há dois anos.
Enviado especial do UOL
Em Búzios (Rio de Janeiro)
Depois de dez dias de competições, o Brasil finalmente conheceu sua representante na classe Mistral nos Jogos Olímpicos de Atenas. Disputa mais acirrada da seletiva olímpica que acabou neste domingo em Búzios, a classe foi vencida pela carioca Carol Borges somente na última regata.
Carol Borges ganha a última regata |
"Fiquei muito frustrada. Não estava acreditando que Deus ia me deixar na mão", comentou a velejadora, que só não perdeu a fé por causa dos familiares.
"Minha família é muito católica. Minha mãe não me deixou perder a fé. Quando a regata acabou, a primeira coisa que pensei foi na justiça de Deus", revelou Carol, que também agradeceu ao apoio da israelense Lee Korzits, com quem treinou por seis meses em Israel.
"Tenho a maior gratidão por ela, que foi meu braço direito. A equipe israelense foi muito legal comigo, graças a eles consegui lugar e pessoal para treinar", afirmou a brasileira, que passou de outubro a fevereiro viajando para o país do Oriente Médio.
A disputa entre Carol e Paula foi tão equilibrada que as duas terminaram o torneio empatadas com nove vitórias e 19 pontos perdidos cada uma. Os resultados foram rigorosamente iguais, mas Carol levou vantagem por ter vencido a última regata.
"Foi uma seletiva emocionante. A vaga só foi decidida no desempate, então estou muito satisfeita apesar de não ter me classificado", comentou Paula, que contou com a assessoria do namorado Ricardo Winicki, representante brasileiro em Atenas na Mistral masculina.
Carol, no entanto, não ficou para trás. Sempre que precisou, ela contou com a ajuda do campeão olímpico Robert Scheidt. "Ele foi muito importante para mim, sempre me ajudou a corrigir meus erros e a trabalhar a parte psicológica", revelou.
Com a sua primeira participação olímpica assegurada, Carol quer agora voltar a Israel para continuar a preparação até o Mundial da modalidade, que acontece no final de abril, na Turquia.
"Ainda preciso ver com a federação, mas quero treinar lá porque aqui no Brasil é muito difícil conseguir pessoas de alto nível. Depois pretendo passar um tempo em Atenas para conhecer melhor o local das Olimpíadas", disse.
Para as Olimpíadas, Carol espera conseguir um bom resultado, já que as demais competidoras, principalmente as italianas e neozelandesas, são mais experientes.
"O nível é altíssimo. Para conseguir uma medalha, é preciso ter muita experiência. Vou dar meu melhor para conseguir um bom resultado. Só o fato de estar lá já será uma grande vitória para mim", afirmou a velejadora, que começou no esporte há dois anos.
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