Hall conquistou vaga olímpica após três tentativas fracassadas
Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Kevin Hall despontou como uma promessa da vela norte-americana em 1986, quando conquistou o título do Mundial júnior da classe Laser. Sua primeira tentativa de se classificar para uma Olimpíada aconteceu em 1992, quando terminou na modesta oitava posição na classe Finn.
Dois anos mais tarde, quando estudava na Brown University, descobriu o câncer nos testículos. Após duas cirurgias para retirada dos órgãos, a doença jamais voltou a atormentar o velejador, a não ser pela rotina de injeções de testosterona.
Inicialmente, o comitê olímpico dos EUA inicialmente proibiu Hall de participar de competições oficiais, já que o nível de testosterona em seu organismo superava o limite permitido e, além disso, se tratava de uma substância fabricada artificialmente.
O velejador entrou com um recurso na Justiça norte-americana, usando como base uma lei de proteção aos deficientes, e conquistou o direito de disputar as seletivas olímpicas do país.
Em 1996, atrapalhado por toda a batalha jurídica, ele foi apenas o quinto colocado na classe Laser. "Perdi a cabeça. Nos últimos três ou quatro meses antes da seletiva eu não estava velejando. Estava lidando com a questão médica enquanto meus adversários estavam treinando", justifica.
Quatro anos depois, então velejando na classe 49er ao lado de Morgan Larson, perdeu uma disputa acirrada com os irmãos Jonathan e Charlie McKee pela vaga norte-americana em Sydney.
Nos anos seguintes, disputou a America's Cup, principal competição de barcos de oceano no mundo, pelo time OneWorld. Quando seu compromisso com a equipe acabou, no final de 2002, resolveu voltar à classe Finn e tentar novamente disputar uma Olimpíada.
Em 2003, foi o 27º colocado no Mundial de Cádiz, resultado que garantiu aos EUA um lugar na classe Finn em Atenas. Na seletiva norte-americana, realizada no início do ano, Hall ganhou nove das 16 regatas disputadas e finalmente assegurou o direito de disputar os Jogos.
Atual 43º colocado no ranking mundial, Hall não será um dos favoritos à medalha de ouro se conseguir confirmar sua participação em Atenas. O papel é do britânico Ben Ainslie, medalha de ouro na Laser em Sydney-2000 e atual campeão mundial da Finn.
Em São Paulo
Kevin Hall despontou como uma promessa da vela norte-americana em 1986, quando conquistou o título do Mundial júnior da classe Laser. Sua primeira tentativa de se classificar para uma Olimpíada aconteceu em 1992, quando terminou na modesta oitava posição na classe Finn.
Dois anos mais tarde, quando estudava na Brown University, descobriu o câncer nos testículos. Após duas cirurgias para retirada dos órgãos, a doença jamais voltou a atormentar o velejador, a não ser pela rotina de injeções de testosterona.
Inicialmente, o comitê olímpico dos EUA inicialmente proibiu Hall de participar de competições oficiais, já que o nível de testosterona em seu organismo superava o limite permitido e, além disso, se tratava de uma substância fabricada artificialmente.
O velejador entrou com um recurso na Justiça norte-americana, usando como base uma lei de proteção aos deficientes, e conquistou o direito de disputar as seletivas olímpicas do país.
Em 1996, atrapalhado por toda a batalha jurídica, ele foi apenas o quinto colocado na classe Laser. "Perdi a cabeça. Nos últimos três ou quatro meses antes da seletiva eu não estava velejando. Estava lidando com a questão médica enquanto meus adversários estavam treinando", justifica.
Quatro anos depois, então velejando na classe 49er ao lado de Morgan Larson, perdeu uma disputa acirrada com os irmãos Jonathan e Charlie McKee pela vaga norte-americana em Sydney.
Nos anos seguintes, disputou a America's Cup, principal competição de barcos de oceano no mundo, pelo time OneWorld. Quando seu compromisso com a equipe acabou, no final de 2002, resolveu voltar à classe Finn e tentar novamente disputar uma Olimpíada.
Em 2003, foi o 27º colocado no Mundial de Cádiz, resultado que garantiu aos EUA um lugar na classe Finn em Atenas. Na seletiva norte-americana, realizada no início do ano, Hall ganhou nove das 16 regatas disputadas e finalmente assegurou o direito de disputar os Jogos.
Atual 43º colocado no ranking mundial, Hall não será um dos favoritos à medalha de ouro se conseguir confirmar sua participação em Atenas. O papel é do britânico Ben Ainslie, medalha de ouro na Laser em Sydney-2000 e atual campeão mundial da Finn.
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