Ouro olímpico não garantiu patrocínio para Scheidt após Atlanta
Vicente Toledo Jr.
Em São Paulo
Vivendo em um país com sérios problemas econômicos, os atletas brasileiros que conseguem um patrocinador pessoal podem se considerar grandes vitoriosos. A dificuldade é tanta que nem mesmo uma medalha de ouro olímpica é capaz de assegurar o apoio financeiro necessário.
O exemplo é ninguém menos que Robert Scheidt, campeão olímpico em Atlanta-1996, medalha de prata em Sydney-2000 e seis vezes campeão mundial da classe Laser. Logo depois de subir ao lugar mais alto do pódio nos Jogos de oito anos atrás, Scheidt teve uma surpresa desagradável quando voltou ao Brasil.
"Foi o Bingo Augusta que realmente me ajudou quando eu mais precisava. Depois das Olimpíadas de Atlanta, perdi todos os meus patrocinadores. Eles me apoiaram muito durante esses sete anos e estão comigo até hoje. É uma situação de muita tristeza, lamento muito o que aconteceu", diz Scheidt, que hoje conta com outros quatro patrocinadores (Banco do Brasil, Petrobras, Varig e Volvo).
Consagrado como um dos maiores atletas brasileiros da atualidade, o velejador não teme que sua imagem seja arranhada por causa da associação com o bingo.
"De jeito nenhum isso vai arranhar a minha imagem porque foi um patrocinador que realmente me apoiou muito e eu sempre fiz tudo para promovê-lo. Ele sempre apoiou não só o esportista destacado Robert Scheidt, mas também a classe Optimist, a FBVM e outros atletas", comenta.
Presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM), que recebeu dinheiro do Bingo Augusta por dez anos (o valor variava de acordo com a arrecadação do bingo, mas girava em torno de R$ 30 mil mensais), Walcles Osório culpa a falta de regulamentação do setor por parte do Estado pela utilização dessas empresas para atividades ilícitas.
"Pela legislação, qualquer um abria uma associação esportiva e um bingo para financiá-la. Isso nos prejudicou muito porque o clube da esquina abre um bingo na frente do nosso, fazia concorrência pelos clientes, e o dinheiro não ia para o esporte", explica o dirigente.
"O governo sempre pensou em fechar os bingos, mas nunca quis regulamentar a atividade. Há muitos anos, eu fui até a CPI dos bingos dizer que era necessária uma regulamentação rigorosa, mas não adiantou nada", lamenta.
Em São Paulo
Vivendo em um país com sérios problemas econômicos, os atletas brasileiros que conseguem um patrocinador pessoal podem se considerar grandes vitoriosos. A dificuldade é tanta que nem mesmo uma medalha de ouro olímpica é capaz de assegurar o apoio financeiro necessário.
O exemplo é ninguém menos que Robert Scheidt, campeão olímpico em Atlanta-1996, medalha de prata em Sydney-2000 e seis vezes campeão mundial da classe Laser. Logo depois de subir ao lugar mais alto do pódio nos Jogos de oito anos atrás, Scheidt teve uma surpresa desagradável quando voltou ao Brasil.
"Foi o Bingo Augusta que realmente me ajudou quando eu mais precisava. Depois das Olimpíadas de Atlanta, perdi todos os meus patrocinadores. Eles me apoiaram muito durante esses sete anos e estão comigo até hoje. É uma situação de muita tristeza, lamento muito o que aconteceu", diz Scheidt, que hoje conta com outros quatro patrocinadores (Banco do Brasil, Petrobras, Varig e Volvo).
Consagrado como um dos maiores atletas brasileiros da atualidade, o velejador não teme que sua imagem seja arranhada por causa da associação com o bingo.
"De jeito nenhum isso vai arranhar a minha imagem porque foi um patrocinador que realmente me apoiou muito e eu sempre fiz tudo para promovê-lo. Ele sempre apoiou não só o esportista destacado Robert Scheidt, mas também a classe Optimist, a FBVM e outros atletas", comenta.
Presidente da Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM), que recebeu dinheiro do Bingo Augusta por dez anos (o valor variava de acordo com a arrecadação do bingo, mas girava em torno de R$ 30 mil mensais), Walcles Osório culpa a falta de regulamentação do setor por parte do Estado pela utilização dessas empresas para atividades ilícitas.
"Pela legislação, qualquer um abria uma associação esportiva e um bingo para financiá-la. Isso nos prejudicou muito porque o clube da esquina abre um bingo na frente do nosso, fazia concorrência pelos clientes, e o dinheiro não ia para o esporte", explica o dirigente.
"O governo sempre pensou em fechar os bingos, mas nunca quis regulamentar a atividade. Há muitos anos, eu fui até a CPI dos bingos dizer que era necessária uma regulamentação rigorosa, mas não adiantou nada", lamenta.
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