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Bruno Prada já mira Mundial em casa para apagar revés "atípico" com Scheidt

Maurício Dehò<br/> Em São Paulo

03/09/2009 13h30

Acostumados a muitos ouros, algumas pratas e poucos bronzes, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada viveu um Mundial atípico. Velejando na classe Star na competição realizada em Varberg, na Suécia, no início de agosto, eles ficaram apenas com a 11ª colocação. Em janeiro, no entanto, querem apagar as más impressões em casa, de preferência com o título do Mundial de Star no Rio de Janeiro.

VOLTA POR CIMA, EM CASA
FI
Bruno Prada conquistou a prata em Pequim
AFP
Scheidt e Prada não foram bem na Suécia, mas terão a chance de se redimir no Rio
Arquivo/FI
A dupla conta com o conhecimento da Baía de Guananabara como um trunfo para 2010
SCHEIDT E TORBEN NO MESMO BARCO
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A nova edição do Mundial acontece entre os dias 12 e 23 de janeiro na Baía de Guanabara. E Bruno Prada já está se preparando para reverter o revés passado, que aconteceu em condições consideradas "atípicas" pelos brasileiros. Desde a condição do tempo até o nascimento do filho de Scheidt comprometeram o resultado.

"Foi um campeonato bem atípico para nós, com ventos muito fracos, o que não é nossa especialidade. E o regime de correntes na Suécia era muito difícil", analisou Prada. "Na vela precisamos de muita concentração e pode ser que tenha ocorrido algum problema por causa disso. O Robert estava um pouco fora do ar, com filho para nascer."

Uma semana antes, a dupla chegou a ser campeã do europeu, batendo até campeão olímpico pelo caminho. A decepção deste Mundial, que teve como melhores brasileiros Lars Grael e Ronald Seifert, pode ser encarada como motivação para o futuro.

"Velejar em casa vai ser um desafio maior, um desafio muito legal. Teremos nossa família, estamos acostumados com o clima e a comida, então isso será uma grande diferença", comentou o velejador. "Vai haver uma pressão e uma cobrança muito grandes. Mas é assim que gostamos de estar; corremos melhor sob pressão."

Medalhista de prata em Pequim, Bruno Prada terá como uma das armas, ao lado de Scheidt, conhecer a baía de Guanabara. Eles poderão acertar melhor o barco para chegarem à competição com alguma vantagem sobre os rivais. Tudo com muita moderação.

"Conhecer o lugar traz vantagens por um lado. Mas, por outro, existe o excesso de confiança. Temos de dar muito atenção a isso e conseguir equilibrar muito bem esses dois fatores", completou ele.

Brasileiro
Bruno Prada partiparia do Campeonato Brasileiro, neste fim de semana, mas acabou sem parceiros para a disputa. Enquanto Robert Scheidt segue na Europa, dedicando seu tempo ao filho recém-nascido, sua segunda opção, Joca Signorini, que esteve no título da Volvo Ocean Race com o Ericsson 4, teve outros compromissos e preferiu abdicar da disputa.