Lars Grael supera estrelas da vela em aquecimento para o Mundial de Star
Terceiro colocado no Mundial da Suécia, em agosto, o brasileiro Lars Grael mostrou, neste domingo, que estará entre os favoritos do Mundial do Rio de Janeiro, que será disputado em janeiro. Ao lado de Ronnie Seifert, venceu a Taça Royal Thames, um dos eventos de aquecimento para o campeonato de janeiro.
O torneio, disputado desde 1978, é uma celebração da classe Star no Brasil e não costuma ter um ar tão internacional quanto teve neste fim de semana. Disputado na mesma raia do Mundial, porém, virou parada obrigatória para a elite da vela no mundo.
Além de brasileiros como Robert Scheidt e Bruno Prada, campeões mundiais de 2007, e Torben Grael e Marcelo Ferreira, bicampeões olímpicos, velejaram no Rio os líderes do ranking mundial, os suíços Flavio Marazzi e Enrico de Maria, e o bicampeão mundial Xavier Rohart, francês que velejou com Pierre Ponsot.
“Essa Taça foi uma simulação do Mundial, assim como será o Sul-Americano, na semana que vem. Tivemos 53 barcos na raia, representantes de dez países e seis campeões mundiais velejando. O nível técnico foi altíssimo”, comemorou Lars Grael, dono de duas medalhas olímpicas. Ele e Ronald Seifert venceram a última regata e terminaram a competição com 10 pontos perdidos, 16 a menos do que os vice-campeões, Marazzi e Maria. A medalha de bronze ficou com Fredrik Loof e Johan Tillander, que perderam 28 pontos.
Com ventos fracos, a Taça foi uma amostra do que a baía de Guanabara deve oferecer entre 12 e 23 de janeiro. Nessas condições, Lars e Ronnie estão entre os melhores do planeta. “Eu não diria que somos favoritos. A gente se sobressai em ventos suaves, mas temos problemas em ventos mais fortes. Não conseguimos acompanhar, por exemplo, Scheidt, Freddie Loof (sueco bronze em Pequim-2008) ou Ian Percy (atual campeão olímpico)”.
Scheidt e Prada fizeram 53 pontos e ficaram distantes do pódio, na 14ª colocação, uma à frente de Torben Grael e Marcelo Ferreira, com 55 pontos. Entretanto, Lars minimizou o resultado de seus rivais.
"O Robert é um dos mais presentes de toda a classe Star, é o número dois do ranking. Ele tem um domínio em ventos fortes muito grande e está se aperfeiçoando agora em ventos suaves. Ele enfrentou dificuldades na Suécia com isso (no Mundial), mas é questão de tempo para velejar bem em todas as condições. Ele tem um domínio técnico do barco incrível", comentou.
Sobre o irmão, elogios: "Torben não disputava um campeonato de Star desde o Sul-Americano de 2008. E esse ano, voltou na Taça Alberto Ravezzano (em setembro) e venceu. Mas ele está em fase de acertar o novo barco, que acaba de chegar da Itália. Mas sabendo da capacidade que ele tem, em duas semanas já vai estar velejando como antes".
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