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Vela brasileira iguala mulheres a homens e velejadoras brilham em seletiva

Fernanda Oliveira e Ana Barbachan à frente da flotilha em seletiva - Fred Hoffmann/ZDL
Fernanda Oliveira e Ana Barbachan à frente da flotilha em seletiva Imagem: Fred Hoffmann/ZDL

Bruno Doro

Em São Paulo

26/02/2011 07h00

Nada de guerra dos sexos. Nesta semana, na vela brasileira, homens e mulheres estão competindo em igualdade de condições na Seletiva Olímpica, que termina no domingo em Florianópolis. E as velejadoras estão fazendo bonito.

MULHERES NA PONTA DA 470

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    Fernanda Oliveira e Ana Barbachan: a dupla é vice-líder e venceu uma das regatas da seletiva

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    Isabel e Martine: as duas lideraram durante dois dias e tem 4 segundos lugares em 8 regatas

A classe que igualou homens e mulheres foi a 470, barco para dois tripulantes. As duas tripulações femininas já lideraram o torneio e venceram regatas, deixando para trás marmanjos com experiência olímpica.

As mulheres, aliás, são as grandes estrelas da classe. Fernanda Oliveira, que veleja com Ana Barbachan, é a primeira mulher do país a subir ao pódio olímpico, bronze em Pequim-2008. Sua ex-parceira, Isabel Swan, hoje é proeira de Martine Grael, campeã mundial júnior da classe 420, um barco pré-470.

Martine e Isabel lideraram a competição por dois dias. Hoje, caíram para a terceira posição, com 17 pontos perdidos. Fernanda e Ana são as atuais vice-líderes, com 18. Além disso, as duas duplas femininas fizeram dobradinhas em uma das regatas da competição: Fernanda e Ana venceram, com Martine e Isabel em segundo.

Quando as provas terminarem, porém, a divisão de sexos vai voltar. A Confederação Brasileira de Vela tem duas vagas para sua equipe olímpica, uma para homens, outra para mulheres. A iniciativa da seletiva unificada foi feita justamente pelo alto nível dos barcos femininos.

“Foi um pedido que a própria classe 470 fez. Com homens e mulheres juntos, você deixa a regata muito mais encorpada e interessante. Se isso não acontecesse, teríamos, no feminino, um match-race (competição de barco contra barco) entre a Fernanda e a Martine e não seria interessante para a seletiva”, explica Ricardo Baggio, superintendente da Confederação.

OS DESTAQUES DA SELETIVA

Na Star, os vice-campeões olímpico Robert Scheidt e Bruno Prada estão bem cotados. Têm 7 pontos perdidos contra 14 de Torben Grael e Marcelo Ferreira, dupla bicampeã olímpica.Na RS:X, o bicampeão Pan-Americano Ricardo Winicki, o Bimba, venceu sete das oito regatas. Vai ser o velejador na classe nas equipes Olímpica e Pan-Americana.Na Finn, Jorginho Zarif foi ainda melhor: venceu as oito provas e também já está classificado. Na 49er, Fonseca e Grael tem metade dos pontos perdidos do 2º colocado.
Nas outras classes, os líderes são Adriana Kostiw (Laser Radial), Bruno Fontes (Laser) e Patrícia Freitas (RS:X feminino). No Match Race feminino, Juliana Mota,Marina Jardim e Larissa Juk já estão classificadas.