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Fim da classe Star frustra Scheidt e pode motivar aposentadoria de Torben Grael

Decisão pode encerrar carreira de Torben Grael e Marcelo Ferreira - CBVM/Divulgação
Decisão pode encerrar carreira de Torben Grael e Marcelo Ferreira Imagem: CBVM/Divulgação

Do UOL Esporte

Em São Paulo

09/05/2011 16h09

Decisão da Isaf (Federação Internacional de Vela) em excluir a classe nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, repercutiu negativamente na vela brasileira. Os principais velejadores do país consideram a decisão equivocada e irão pedir ajuda ao COB para entidade internacional voltar atrás na decisão. Torben Grael já cogita se aposentar depois de Londres-2012.

“Estamos [ele e Marcelo Ferreira] ainda tentando uma vaga para 2012 na classe. Já fiz seis Olimpíadas. Se não tiver Star no Rio de Janeiro é hora de pendurar as chuteiras realmente", afirmou Grael sobre seu futuro caso a classe seja excluída dos Jogos Olímpicos de 2016.

A idéia de eliminar a Star já era conhecida há alguns meses, mas o anúncio oficial por parte da Isaf realizado neste sábado foi um balde de água fria na expectativa dos brasileiros de a entidade mudar de ideia.

“Não há muito que falar. Eu e o Bruno (Prada) ficamos muito tristes com a decisão, que é muito mais política do que técnica. Ela frustra as expectativas brasileiras de ver a Star de volta aos Jogos”, lamentou o medalhista olímpico Robert Scheidt.

Resta aos brasileiros pedir ajuda ao Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 para assumir o papel político de pedir para que a Isaf volte atrás na decisão. “A entidade tem um papel importante para convencer as autoridades de que a classe é representativa no Brasil e no mundo. Aqui temos ídolos do esporte nacional na Star”, afirmou Lars Grael, ex-dirigente e velejador da classe excluída.

PARA SCHEIDT, DECISÃO É MAIS POLÍTICA DO QUE TÉCNICA

Os brasileiros viram motivação política, e não técnica, na decisão da Isaf. "Como a Star não tem grande representatividade em países da Ásia e na área da Oceania, eles preferem barcos mais simples", afirmou Scheidt, argumentando que a Isaf prefere veleiros menores, que eles atraem mais mídia e jovens atletas.

O medalha de prata em Pequim-2008 propões uma solução para o retorno da classe mais vitoriosa da vela nacional. "Em Olimpíadas, existe um limite de atletas por modalidade. Se não me engano, na vela são 450. Se diminuísse o número de velejadores nas outras classes, haveria espaço para os da Star sem que fosse preciso excluir nenhuma disciplina", diz Scheidt.