Topo

Público resiste à fome e calor, mas não vê mudanças no 2º treino da Indy

Rafael Krieger e Thales Calipo

Em São Paulo

13/03/2010 13h42

  • Rafael Krieger/UOL

    Nathaly e Mateus escaparam do sol, mas seguraram a fome para ver o segundo treino da Indy

  • Antonio Scorza/AFP

    Na pista ainda mais quente, carros foram cautelosos, e Kanaan repetiu terceiro lugar

Na hora do almoço, os espectadores que pagaram pelo menos R$ 100 para assistir à primeira etapa da Fórmula Indy no Circuito do Anhembi tiveram que enfrentar a fome, o barulho ensurdecedor dos carros acelerando e escorregando no Sambódromo e também o calor, especialmente nas arquibancadas sem cobertura. Tudo para ver o mesmo cenário da sessão que abriu os trabalhos em São Paulo: o neozelandês Scott Dixon em primeiro e o brasileiro Tony Kanaan em terceiro.

Com 57 graus no asfalto, a temperatura na arquibancada descoberta até que poderia ser considerada amena, já que as primeiras nuvens começaram a surgir por volta do meio-dia. Mesmo assim, para Edson Gomes, que via o treino debaixo de sol, o calor ainda é pior que a fome ou o barulho. “Fome você desce lá na lanchonete, come alguma coisa e mata. Para o som, tem protetor de ouvido. Mas do sol não dá para escapar”.

Cansado após caminhar desde a praça Campo de Bagatelle até o local de acesso às arquibancadas, Edson resistiu ao desconforto e viu as mulheres sofrerem com o choque entre a pista ondulada da Marginal e o “sabão” da passarela do samba. Bia Figueiredo e Danica Patrick que o digam: uma bandeira amarela para cada.

Entre os que seguraram o carro, Dixon voltou a liderar, mesmo com um tempo superior ao do primeiro treino: 1min32s739. Briscoe repetiu a segunda colocação com 1min33s274. Tony Kanaan, depois de disparar contra as condições da pista no intervalo, cravou 1min33s338, também mais lento do que na primeira sessão. Tudo para preservar o carro a fim de fazer bonito no treino classificatório, que começa às 15h30 (de Brasília).

Enquanto isso, na sombra, o casal Mateus e Nathaly assistia tranquilo, entre beijos e abraços, à ação dos carros na reta do Sambódromo. Debaixo da marquise do Setor Branco, eles elegeram a fome como o principal empecilho. E comemoraram o lugar privilegiado: “Sempre é bom uma sombra. Sol é bom, mas às vezes cansa”, comentou Nathaly.

Na pista, os brasileiros não melhoraram o desempenho em relação ao primeiro treino da manhã. Além de Kanaan, Hélio Castroneves ficou em oitavo lugar, seguido por Mario Moraes. Raphael Matos, que foi bem na primeira sessão, caiu de sétimo para 12º, e Vitor Meira ficou em 15º, logo atrás de Danica Patrick. Mario Romancini, que não participou do segundo treino, ainda assim ficou na frente da penúltima colocada Bia Figueiredo - os dois estreantes não começaram bem em São Paulo.