Indy cria tradição feminina, mas pilotos mulheres fogem de estereótipos
A presença feminina na Fórmula Indy tornou-se tão comum que as próprias pilotos às vezes parecem tentar esquecer que são mulheres, pelo menos enquanto estão de capacete e macacão. As três que estarão na pista em São Paulo mostraram indiferença quanto à “batalha dos sexos” na categoria e descartaram qualquer tipo de rivalidade ou amizade especial entre elas.
A mais experiente é a norte-americana Danica Patrick, de 29 anos, que está na Indy há seis anos e foi a primeira mulher a vencer uma prova na categoria principal. Ela apareceu na entrevista coletiva com os jornalistas brasileiros de calça jeans e tênis All Star, e explicou por que não faz questão de ser vaidosa na frente dos adversários.
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“O importante é ser séria, tentar ser como outro piloto qualquer. Não é bom criar algum tipo de diferenciação. Quando eu comecei no automobilismo, evitava usar rosa e roxo, por exemplo. Não queria criar uma imagem feminina e usar isso como desculpa para não me darem uma chance”, declarou Danica.
A mais jovem é a suíça Simona de Silvestro, de 22 anos. Ela chegou a liderar a prova em São Paulo no ano passado, foi escolhida a melhor estreante das 500 Milhas de Indianápolis em 2010, e se disse fã de Michael Schumacher. Ela afirmou que espera uma “invasão feminina” em todas as outras categorias, e negou qualquer tipo de “clubinho” entre as garotas da Indy.
“Eu não fico olhando a tabela de tempos para ver onde elas estão. Estou preocupada com todos os pilotos, e elas são pilotos também. No fim do dia, todas nós colocamos o capacete e ficamos iguais a todos”, comentou Simona, que elogiou Danica: “Ela abriu as portas, porque já ganhou uma corrida e continua sendo muito rápida e competitiva”.
Por fim, a menos experiente é a brasileira Bia Figueiredo, que disputou a Indy Lights a partir de 2008 e neste ano fará sua primeira temporada inteira na Fórmula Indy. Ela deixou muito marmanjo para trás no Desafio das Estrelas de kart, e por isso também nega estar mais preocupada com as mulheres do que com os homens na Indy.
“Não travo uma disputa particular com elas. Sou muito tranquila, porque para mim elas são pilotos igual outros. A gente tem o campeonato normal e o campeonato de estreantes, que é importante para mim porque vale ponto., Não tem um campeonato de mulher, então para mim não vale nada”, esclareceu Bia.
As três não são as únicas na Indy: a inglesa Pippa Mann está confirmada para as 500 Milhas de Indianápolis. A norte-americana Sarah Fisher fez história no GP de Kentucky de 2002 ao tornar-se a primeira mulher a fazer a pole position. A nota negativa fica por conta da venezuelana Milka Duno, que maltratou seu carro durante a temporada passada e perdeu a vaga.
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