Topo

Will Power corre 'relaxado' para tentar segunda vitória em São Paulo

Carolina Araújo, Sandro Macedo e Tatiana Cunha<br>Da Folhapress

Em São Paulo

01/05/2011 09h00

O gosto pelo automobilismo está no sangue. Bisneto e filho de ex-pilotos, Will Power descobriu logo cedo o que queria da vida nas brincadeiras de kart com os três irmãos na pequena Toowo-omba, nordeste da Austrália.

Se a escolha foi fácil, a carreira não. Pelo contrário. Mais de uma vez esteve perto de abandonar o esporte.

Cenário bem diferente do que vive atualmente. Na terceira temporada pela Penske, equipe mais tradicional da Indy, no ano passado o piloto ficou a apenas cinco pontos do título inédito.

O campeão foi o escocês Dario Franchitti, que teve menos vitórias (três contra cinco) e menos poles (duas contra oito) que Power.

Refeito da decepção, o australiano começou bem 2011. Pole nas três primeiras corridas do ano, hoje cravou a quarta nas ruas de São Paulo, que hoje abrigam a etapa brasileira da Indy.

A partir das 13h, busca repetir a vitória que conquistou em 2010 na primeira edição da prova - Ryan Hunter-Reay larga em segundo.

"A experiência do ano passado me deixou mais relaxado. Uma vez que você já esteve lá, sabe como é perder um campeonato", afirmou Power. "E você acaba aprendendo também o que é preciso para ganhar."

Não fosse a ajuda do conterrâneo Mark Webber, piloto da Red Bull na F-1, Power não teria aprendido a lição.

Depois de passar pelas categorias de base na Austrália, o piloto se mudou para a Inglaterra para tentar a sorte na tradicional F-3 inglesa. Mas, logo após a primeira temporada, ficou sem equipe.

E, sem dinheiro para continuar, recebeu o equivalente a  500 mil euros (cerca de R$ 1,2 milhão) de Webber, àquela altura piloto da Williams.

"Mark me ajudou muito, não só financeiramente. Ele me deu bons conselhos", disse Power. "Como fizemos o mesmo caminho até chegar à Europa, ele sempre foi um cara com o qual gostei de conversar", completou o piloto, que até hoje mantém contato com o conterrâneo.

A ajuda deu certo e, no ano seguinte, Power chegou a flertar com a categoria mais nobre do automobilismo ao fazer um teste com a Minardi.

"Cresci achando que chegaria à F-1. Mas recebi uma proposta para ganhar dinheiro nos EUA e aceitei. Acho que foi a decisão certa, já que consegui um lugar na Penske, que é um ótimo time."

A vaga foi conseguida graças a imbróglio de Hélio Castroneves com a Justiça americana por crimes fiscais, em 2009. Com o brasileiro impedido de correr, Power herdou a vaga e nunca mais saiu.


Da Folhapress","publicationDate":"20110501090000"},"click":{"mediaName":"Notícia","source":"https://www.uol.com.br/esporte/velocidade/ultimas-noticias/2011/05/01/will-power-corre-relaxado-para-tentar-segunda-vitoria-em-sao-paulo.htm"}},"isNoSpace":false}' cp-area='{"xs-sm":"230px","md-lg":"128px"}' config-name="esporte/esporte.velocidade">