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Ex-apresentadora do Fantasia, piloto Débora Rodrigues tem projeto para voltar à TV

Débora decidiu ser piloto durante uma matéria para o SBT nos tempos de "Fantasia" - Arquivo Folha, Divulgação
Débora decidiu ser piloto durante uma matéria para o SBT nos tempos de "Fantasia" Imagem: Arquivo Folha, Divulgação

Rafael Krieger

Em São Paulo

06/07/2011 07h01

Ela foi musa dos sem-terra, capa de Playboy, atriz de “A Indomada” e apresentadora do “Fantasia” antes de descobrir sua vocação para o automobilismo. Já são 13 anos na Fórmula Truck, e sem previsão de parar. Mas, aos 43, Débora Rodrigues não esconde a vontade de voltar a ter o seu espaço na televisão.

“Não é que eu sinto falta não. Mas é lógico que eu gostaria de voltar. Estou muito bem resolvida na Truck e muito tranquila, não é nada que me atrapalhe. Mas, se tiver uma oportunidade... sei que vai ser muito bom profissionalmente”, admitiu Débora.

Ela sabe que voltar ao showbiz seria uma boa oportunidade de promover a categoria e a sua equipe. Por isso, Débora fez uma aposta.

 

DÉBORA CORRE NA EQUIPE DO MARIDO

O primeiro teste foi na RM Competições, equipe que defende até hoje. O dono Renato Martins (foto) gostou do que viu, e fez um caminhão para Débora começar a competir. Também começava ali o namoro entre os dois, que são casados e têm um filho - os outros dois mais velhos dela são do primeiro relacionamento.

Desde então, ela se tornou a primeira mulher a chegar ao pódio da Fórmula Truck, e seus melhores resultados foram dois terceiros lugares. Mas será que é mais fácil ser casada com o dono da equipe? Ela garante que não. "Pelo contrário. Tenho menos atenção que os outros por ser a mulher do Renato. Às vezes até tenho que puxar a orelha dele", brincou Débora.

A relação com os motores da paranaense de Bela Vista do Paraíso começou cedo. Ela é filha de caminhoneiro e já trabalhou como motorista de ônibus e caminhão. Débora estreou na Fórmula Truck em outubro de 1998 e conquistou o seu primeiro pódio em Goiânia, na temporada de 2005

“Eu tenho um projeto, que é uma ‘oficina de mulheres’, onde eu mostraria desde como por a água no radiador, até identificar problemas de motor, prevenção para viagem, cuidados com crianças, essas coisas. Vamos ver. O projeto está rodando por aí”.

Mesmo se não der certo, Débora não descartaria outras ofertas: “Gostaria de fazer um programa que fosse meu. A não ser que tenha uma proposta boa, porque também não dá para jogar dinheiro fora. Gosto mais de programa de auditório, com brincadeiras, ou com um jeito mais esclarecedor”.

A experiência com as câmeras não seria nem um pouco estranha para Débora. Além do “Fantasia”, que apresentou no SBT entre 1997 e 1998, ela apresentou o “Siga Bem Caminhoneiro” na mesma emissora até o final de 2008, época em que a crise econômica fez a Petrobras retirar o patrocínio ao programa.

O seu mais recente projeto paralelo às pistas foi o programa “Troca de Família”, na Record, em março deste ano. “Querendo ou não, é uma maneira de mostrar o meu outro lado. Esse programa me deu um retorno muito bom também como ser humano. Ver que as pessoas gostaram da sua atitude é muito bom”, comemorou.

Mais do que isso, aparecer na mídia assegurou a Débora o seu espaço no automobilismo: “Eu comecei tardiamente, mas tinha uma vantagem a meu favor, que era a mídia. Como estava na TV, despertava interesse nos patrocinadores. Se não tem isso, é muito complicado”.

Débora começou na Fórmula Truck em 1998, depois de dirigir um caminhão de corrida para um quadro do SBT: “Até aquele dia, nunca tinha nem ido pessoalmente a um autódromo. Quando fiz essa gravação, fiquei enlouquecida. Fui me informar sobre os primeiros passos para virar piloto, e então fiz o curso”. Da TV para as pistas, ela também fez o caminho contrário, mas sem abandonar a rotina de mãe, dona de casa e piloto.