Topo

Piloto que sofreu grave acidente no Trofea Linea reprova obra em Interlagos

José Vitte quebrou a clávicula, escápula e duas costelas em acidentes na nova chicane - Divulgação
José Vitte quebrou a clávicula, escápula e duas costelas em acidentes na nova chicane Imagem: Divulgação

Do UOL Esporte

Em São Paulo

18/08/2011 08h56

No último domingo, a polêmica sobre a chicane da Curva do Café no autódromo de Interlagos ganhou mais um capítulo após o piloto José Vitte sofrer um grave acidente no local durante prova do Trofeo Linea.

CACÁ BUENO DIZ QUE STOCK SÓ MUDOU APÓS ACIDENTES: ‘SAIU DA INÉRCIA’

Do alto da condição de tricampeão da Stock Car, Cacá Bueno manifesta a insatisfação dos pilotos da categoria em relação ao que reputa como atraso nas adaptações de segurança de disputa, efetuadas somente depois de dois acidentes graves na atual temporada, sendo um deles fatal.

Em entrevista ao UOL Esporte, o piloto da equipe Red Bull Racing diz que a categoria reagiu nas especificações de segurança apenas depois da morte de Gustavo Sondermann e do fogo no carro de Tuka Rocha, em cena forte que correu o país através da televisão. Segundo Cacá, a demanda dos competidores por mudanças era antiga, já existia havia alguns anos.

Com clavícula, escápula do lado direito e duas costelas quebradas, Vitte criticou as obras na Curva do Café, que foi modificada após as mortes de Rafael Sperafico, da Stock Light, em 2007, e Gustavo Sondermann, da Copa Montanna, no começo deste ano.

“O remédio pode matar o paciente. É uma coisa de maluco. A gente faz um voo cego, porque aquele trecho é em subida e não temos visibilidade. Ou você decola e fica em duas rodas ou sai de traseira e vai direto para o muro, que foi o meu caso”, contou o piloto em entrevista ao Jornal da Tarde.

Na opinião de Vitte, o trecho da Curva do Café deveria ser realizado com a proibição de ultrapassagem. Além disso, o piloto aponta a ampliação da área de escape com uma outra solução para garantir maior segurança ao circuito.

Ao comentar sobre os acidentes fatais que aconteceram no local, Vitte lembra que as condições climáticas eram ruins, enquanto que no dia da sua batida o sol brilhava, afirmando que o circuito ficou mais perigoso com a chicane.

Outro piloto que já sofreu com a nova obra de Interlagos foi Marcos Gomes, da Stock Car. No começo de agosto, o piloto fez a pole position da Corrida do Milhão, mas acabou danificando a suspensão da chicane.

“A zebra está muito alta. Eles precisam diminuir a altura. Se você exagerar na velocidade ali, se complica. Tem de fazer mais na manha”, afirmou ao jornal.