Morte de Marco Simoncelli foi inevitável, diz médico da MotoGP
A morte do piloto italiano Marco Simoncelli, ocorrida hoje durante uma prova de MotoGP na Malásia, foi 'inevitável', avaliou o médico Marco Russo, da clínica móvel do torneio.
Segundo ele, "Marco Simoncelli se envolveu em um incidente que não era possível evitar. Ele deslizou e não se pode culpar nenhuma norma de segurança, não havia nada que se pudesse evitar, foi uma infelicidade".
"Passou uma roda sobre seu peito. É muito, muito difícil proteger aquela parte do peito. É preciso mexê-la, e protegê-la de maneira eficaz é extremamente difícil", avaliou Russo, visivelmente comovido.
Simoncelli, que pilotava pela Honda, escorregou na pista, perdeu o capacete e foi atropelado pelo americano Colin Edwards, da Yamaha, e pelo italiano Valentino Rossi, da Ducati.
Já na ambulância, a equipe médica tentou uma reanimação cardíaca no piloto, que chegou inconsciente à clínica móvel do circuito de Sepang. Os médicos ainda tentaram retirar parte do sangue no seu peito e reanimá-lo por 45 minutos, sem sucesso.
Questionado sobre o motivo de o capacete de Simoncelli ter saído durante o acidente, Paul Buttler, membro da direção da corrida, afirmou que ainda não poderia responder, mas que "as consequências e as circunstâncias relativas ao acidente serão objeto de investigações aprofundadas".
Rossi, que saiu ileso da batida, não deu nenhuma declaração à imprensa, mas estava chorando e com o rosto tenso após a corrida. Ele e Simoncelli treinavam juntos e eram grandes amigos.
Não se exclui a possibilidade de que a roda anterior de Rossi tenha causado as lesões fatais em Simoncelli.
A morte do piloto foi comentada pela ministra italiana da Juventude, Giorgia Meloni, que disse em nota estar "profundamente desgostosa pela morte de Marco Simoncelli, um jovem campeão que tanto na pista como na vida não renunciou ao sorriso".
"Para muitos jovens italianos, era um dos mais significativos exemplos de correção e paixão esportiva. Neste momento de luto, me sinto próxima à dor dos familiares e dos torcedores do Supersic [apelido de Simoncelli]", acrescentou a ministra.
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