Perto da Indy, Barrichello pode seguir diversão de Piquet ou profissionalismo de Fittipaldi

Após três dias de testes em um carro de Fórmula Indy nos Estados Unidos, Rubens Barrichello já admite a possibilidade de correr a temporada 2012 na categoria. Se fechar, será o 12º brasileiro a deixar a Fórmula 1 para competir nas pistas americanas. Para entrar nessa lista, Rubinho tem dois caminhos: adotar a Indy como nova profissão, como fez Emerson Fittipaldi, ou transformá-la em uma espécie de passatempo, como fez Nelson Piquet.

Os campeões mundiais estiveram entre os brasileiros que fizeram a transição da Fórmula 1 para a Indy. E Fittipaldi, primeiro piloto do país a ficar com o título da F-1, levou a mudança a sério e passou 13 anos correndo em pistas americanas.

Campeão da F-1 em 1972 e 1974, Fittipaldi levou o título da Indy em 1989 e venceu a tradicional prova das 500 Milhas de Indianápolis duas vezes. O brasileiro é um dos únicos três pilotos da história que alcançou as três glórias – Mario Andretti e Jacques Villeneuve são os outros dois.

Piquet, por outro lado, decidiu competir apenas em corridas mais importantes da categoria americana para se manter em atividade. Tricampeão mundial de F-1, o ex-piloto brasileiro se inscreveu para disputar as 500 Milhas de Indianápolis em 1992 e 1993.

Na primeira tentativa, Piquet sofreu forte acidente durante os treinos e, machucado, sequer participou da corrida. Em 1993, ele largou da 13ª colocação, mas acabou em 32º.

Outros pilotos, assim como Fittipaldi, construíram carreira na Indy depois que deixaram a F-1. Casos de Raul Boesel, Maurício Gugelmin e Roberto Pupo Moreno – este último alternou entre as duas categorias de 1982 a 2007. Outros, como Chico Serra, seguiram os passos de Piquet e disputaram poucas provas nos Estados Unidos.

Christian Fittipaldi, Tarso Marques, Enrique Bernoldi, Cristiano da Matta e Antonio Pizzonia completam a lista de pilotos brasileiros que se aventuraram na Indy depois de deixar a F-1.