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Veja cinco fatores que fazem a Indy diferente da F-1 em São Paulo

Will Power comemora com cerveja a vitória na São Paulo Indy 300 de 2011 - Theo Ribeiro / Fotoarena
Will Power comemora com cerveja a vitória na São Paulo Indy 300 de 2011 Imagem: Theo Ribeiro / Fotoarena

Do UOL, em São Paulo

02/05/2013 06h00

O sonho de todo fã de automobilismo no Brasil é assistir a uma corrida de Fórmula 1 em Interlagos. Mas há uma opção diferente para os aficionados da velocidade nos últimos anos. Em sua quarta edição, a São Paulo Indy 300 custa ao espectador três vezes menos que a Fórmula 1 e pode ser até mais divertida.

Em Interlagos, o ingresso mais barato do GP do Brasil de 2013 custa R$ 525, para os três dias de evento.

O fim de semana da Indy é mais curto, com apenas dois dias. Mas a entrada econômica custa apenas R$ 110.

Assistir à Fórmula 1 da maneira mais barata custa R$ 175 por dia. Na Indy, apenas R$ 55.

Apesar de não ter o mesmo glamour, a corrida do Anhembi pode ter um custo-benefício mais atraente. Saiba por que a seguir. 

Proximidade de carros e pilotos

  • Mesmo nos lugares mais baratos do circuito do Anhembi, os espectadores ficam a poucos metros da pista. A proximidade é tão grande que não é raro os pilotos brasileiros responderem aos gritos das arquibancadas com um aceno ou um ronco mais alto no motor. Nos camarotes, é comum cruzar com os pilotos durante seus compromissos com os patrocinadores. Ou até mesmo no pit lane, que recebe visitas de convidados que têm acesso às garagens e podem acompanhar de perto o trabalho dos pilotos no acerto de seus carros. A Fórmula 1 também oferece uma visita guiada aos boxes em dias de treinos para espectadores dos camarotes, mas os pilotos nunca são vistos nesses momentos.

Ver os carros acelerando por onde você passa

  • Diferente do Rio de Janeiro, o Sambódromo de São Paulo não é aberto ao tráfego nos dias comuns. Mas o traçado do Anhembi inclui pelo menos duas importantes vias do trânsito da cidade: a avenida Olavo Fontoura, junto ao Campo de Marte, e a pista local da Marginal do Tietê, onde fica a maior reta do calendário da Indy, com 1,5 km de extensão. Não há arquibancadas com vista para a Marginal, mas os torcedores costumam se acumular no lado contrário às tribunas, onde ficam as escadas de acesso, só para ver os pilotos acelerando rente aos motoristas de carros de passeio, que ficam separados apenas por um guard-rail.

Mulheres no volante

  • Na Fórmula 1, a última corrida que teve participação de uma mulher foi em 1992. A presença feminina é bem mais comum na Fórmula Indy, categoria que jé teve até vitória de Danica Patrick. A musa norte-americana já não está mais no grid, mas a prova paulistana sempre contou com pelo menos duas pilotos mulheres. Na edição deste ano, a suíça Simona de Silvestro e a brasileira Bia Figueiredo estão confirmadas. Elas tentarão quebrar o retrospecto ruim das representantes femininas no Anhembi. O melhor resultado é o 13º lugar, conquistado por Bia em 2010 e por Simona em 2012.

Mais brasileiros

  • Enquanto a Fórmula 1 tem apenas Felipe Massa como representante do Brasil, a torcida tem mais opções de pilotos para apoiar na Indy. São três: Helio Castroneves, Tony Kanaan e Bia Figueiredo. Mas esse número já foi bem maior. Na primeira edição da São Paulo Indy 300, em 2010, o Brasil teve sete pilotos. Em 2011, foram cinco, e no ano passado havia quatro brasileiros: os mesmos deste ano e mais Rubens Barrichello. Os resultados dos pilotos locais no Anhembi é que têm sido decepcionantes. Depois o pódio de Vitor Meira em 2010, a quarta colocação de Castroneves no ano passado foi a melhor posição obtida por um brasileiro na prova.

Facilidade para chegar

  • Distante do centro de São Paulo, o autódromo de Interlagos exige um planejamento logístico para quem vai assistir às provas de Fórmula 1. Já o circuito do Anhembi costuma dar problema apenas para quem sai de carro pela Marginal. De táxi, a corrida a partir do centro custa em torno de R$ 20, e as opções de transporte público são muitas, até pelas linhas expressas colocadas à disposição pela SPTrans durante o evento. Uma delas sai da estação de metrô do Tietê, que na fica a menos de um quilômetro do Anhembi. Na saída, o escoamento pelas pontes das Bandeiras e da Casa Verde não costuma causar maiores problemas de tráfego.