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Japonês chega a SP como sensação da Indy, fala em título e cutuca a F-1

Após passar por BAR e Super Aguri na F-1, Takuma Sato está na Fórmula Indy desde 2010 - Michael Conroy/AP
Após passar por BAR e Super Aguri na F-1, Takuma Sato está na Fórmula Indy desde 2010 Imagem: Michael Conroy/AP

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

03/05/2013 16h57

Em quatro anos na Fórmula Indy, o japonês Takuma Sato já obteve mais sucesso do que nas sete temporadas que disputou a Fórmula 1. Primeiro piloto de seu país a vencer na categoria, ele chegou a São Paulo como sensação depois do triunfo na última etapa, em Long Beach. Falou até em disputar o título da temporada, apesar de correr na modesta equipe A.J. Foyt. Otimismo que seria impensável durante os tempos em que corria pela BAR ou Super Aguri.

“Conseguir a vitória assim tão cedo foi um grande bônus. O campeonato é a minha meta, agora que já consegui ganhar uma corrida. A categoria é muito competitiva, e a regularidade é fundamental. Espero que possamos ter a mesma consistência e bom ritmo”, declarou Sato, durante a coletiva com os pilotos estrangeiros no Anhembi, da qual foi a principal atração, já que o tricampeão Will Power teve que sair mais cedo.

Sato é um dos poucos que teve a oportunidade de correr tanto em Interlagos quanto no circuito do Anhembi, onde conseguiu o pódio no ano passado. O japonês lembrou com carinho dos tempos de Fórmula 1, mas lamentou a falta de competitividade das equipes menores, que na Indy conseguem alcançar vitórias graças à padronização dos chassis.

“Interlagos é uma pista fantástica, mas o Anhembi é um circuito de rua único. A filosofia das duas categorias também é bem diferente. Na Fórmula 1, os grandes times se mantêm fortes durante toda a temporada, e se você não está em um deles, é impossível brigar por pódios. Tenho grandes memórias da Fórmula 1, mas infelizmente a competitividade dos meus carros na pista deixava a desejar”, recordou o japonês, que disse considerar a Indy mais equilibrada.

“Na Fórmula 1, eles contam os décimos de segundo, e aqui as diferenças são por milésimos. É muito disputado, e nos motiva mais porque você sabe que realmente pode vencer. Além disso, a atmosfera no paddock é melhor do que na Fórmula 1, onde há muitas restrições. Você pode ver o carro na garagem ao lado, o que nunca aconteceria na Fórmula 1”, completou.

Pela BAR, Sato teve como melhor resultado o pódio no GP dos EUA de 2004, o que não evitou sua saída para a pequena Super Aguri, em 2006. Ele continuou na F-1 até 2008, e migrou para a Indy em 2010, ano de estreia da etapa do Anhembi.

“Tenho boas memórias desse circuito, porque tem muita ação na pista, coisa que nunca vi igual em um circuito de rua. Meu primeiro pódio foi aqui, então espero manter o bom momento neste ano. Espero que preparemos coisas boas a partir do treino livre, mas não há razão para não sermos competitivos de novo”, avisou o japonês, que está em segundo na classificação geral, atrás apenas de Helio Castroneves.