GP2 começa nesta sexta-feira com dois brasileiros que já sonham com a F1
Começa nesta sexta-feira, no circuito de Sakhir, a GP2, a competição que mais gerou pilotos para a Fórmula 1 recentemente. Lewis Hamilton, Nico Rorberg, Romain Grosjean, Nico Hulkenberg são exemplos de pilotos da GP2 que chegaram à Fórmula 1 nos últimos anos.
O Brasil terá dois representantes na GP2 em 2014: o experiente Felipe Nasr, brasiliense de 21 anos, no seu terceiro ano, pela equipe Carlin, e o paulista André Negrão, 21 anos, estreante, pela Arden.
O UOL Esporte reuniu os dois pilotos no paddock em Bahrein. Por já ter disputado duas temporadas na GP2, Nasr aconselhou Negrão, logo no início da conversa: "O pneu é tudo na GP2. Quem economizou os pneus para as cinco voltas finais vai do décimo para o primeiro lugar".
Os desafios de Negrão se estendem para além do aprendizado com os pneus. Ele vem de dois anos na Fórmula Renault 3.5, que utiliza carros semelhantes aos da GP2, cerca de 7 segundos mais lentos apenas que os da Fórmula 1, em média. Mas na Fórmula Renault corria pela equipe de seu pai, Guto Negrão, a Draco.
No automobilismo internacional ninguém passa a mão na cabeça do piloto num momento de dificuldade e pergunta o que se passa, tentando reduzir seu estresse. Os pilotos são cobrados o tempo todo. "Tenho consciência de que agora na Arden será diferente. Sinto-me preparado para não deixar essa questão interferir no meu desempenho", afirma André. Guto comenta que a pressão por bons resultados era grande também na Draco.
Há quem acredite, como muitos profissionais da Fórmula 1, que essa foi a maior dificuldade de Nelsinho Piquet quando chegou na categoria principal, em 2008, para correr na equipe Renault. Até então só havia pilotado por equipes de seu pai, Nelson Piquet, na Fórmula 3 e na GP2. Ao enfrentar as cobranças de Flavio Briatore na Renault, tendo como companheiro um piloto supercapaz como Fernando Alonso, Nelsinho acabou se perdendo.
Os objetivos de Felipe Nasr e André Negrão são distintos. O brasiliense já é piloto de testes da equipe Williams de Fórmula 1 e como é seu terceiro ano na GP2, não se espera nada menos dele que a disputa do título. "Aprendi muito sobre o desafio da administração dos pneus no ano passado e com dois ou três erros de pilotagem que cometi. Sinto-me agora bem preparado para vencer corridas", diz o brasiliense. Seu plano é ser titular na Fórmula 1 em 2015.
Já Negrão estabeleceu como meta nesse primeiro ano terminar dentre os dez primeiros. "A classificação para o grid é muito importante na GP2", afirma. Se um piloto tem pouco experiência, é normal registrar um tempo, por exemplo, quatro décimos de segundo pior que o dos melhores. Mas mesmo essa diferença relativamente pequena o faz largar muitas posições atrás no grid.
"Esse será o meu maior desafio no começo, pois para ser veloz, tirar tudo do carro, precisarei entender melhor como explorar os pneus da GP2, muito diferentes do que estava acostumado na Fórmula Renault 3.5." O planejamento de Negrão é disputar novamente a GP2 em 2015, concorrendo ao título, para estrear na Fórmula 1 em 2016.
A Pirelli fornece pneus para a GP3, a GP2 e a Fórmula 1. Todos têm a mesma característica: elevada degradação. É a orientação de Bernie Ecclestone, promotor dos eventos, para tornar as corridas menos previsíveis. Na Fórmula Renault 3.5 o conceito é outro. A fornecedora é a Michelin. "As voltas finais da corrida são as mais rápidas, ao contrário da GP2", lembra Negrão.
Os carros da GP2 vão para a pista na abertura do campeonato amanhã às 6 horas. A classificação será às 10 horas e a largada da primeira corrida, sábado, às 7h10, horários de Brasília, seis a menos que o de Bahrein. No domingo haverá uma segunda corrida, com largada às 8h15.
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