Topo

Piloto da Nascar diz à Justiça que ex-namorada é assassina profissional

Do UOL, em São Paulo

14/01/2015 16h27

O piloto americano Kurt Busch, campeão da Nascar em 2004, afirmou à Justiça dos Estados Unidos que sua ex-namorada Patricia Driscoll é uma assassina profissional, com atuação criminosa internacional. Os dois estão em litígio por acusações mútuas de assédio, após várias brigas.

No depoimento à Justiça, Busch foi perguntado por seu advogado sobre o porquê de ele acreditar que sua namorada era uma assassina profissional. “Todos podem me chamar de louco, mas eu vivi isso. E vi em primeira mão”, respondeu o piloto.

Segundo ele, a ex-namorada confirmava a atuação criminosa e disse que chegou a trabalhar na América Latina e na África.

Em El Paso, no Texas, ela teria saído usando uma roupa de estampa camuflada e retornado com um casaco, encobrindo um vestido manchado de sangue. Ainda segundo o relato do piloto, no dia anterior, ela disse a Busch que era uma mercenária que matava pessoas para ganhar dinheiro, mostrando fotos de corpos mortos a tiros.

Michael Doncheff, ex-assistente do casal, disse que Driscoll contou ter ajudado imigrantes a ultrapassar a fronteira do México e dos Estados Unidos, sendo atirada no chão por um homem. Doncheff, que considerou a história “fantasiosa”, ainda comentou que ela se disse uma assassina treinada pelo governo dos Estados Unidos. “Eu derrubo outros governos. Sou dona de Washington”, teria dito Driscoll.

Ex-namorada nega acusações

De acordo com o jornal “The Guardian”, nem Patricia Driscoll e nem sua advogada desmentiram o depoimento em juízo. Mas a ex-namorada de Busch negou toda a história ao ser entrevistada pela Associated Press.

“Essas acusações sobre ser uma assassina profissional são grotescas, não têm base e são uma tentativa de destruir minha credibilidade. Nem Rusty Hardin [advogado do piloto] acredita nisso. Acho engraçado que algumas dessas acusações ridículas vêm de um roteiro de ficção que venho trabalhando há oito anos”, defendeu-se Driscoll.

A estratégia da defesa de Busch, no processo em que os advogados de Driscoll solicitam que o piloto seja impedido de se aproximar da ex-namorada, é desmoralizar a antiga parceira, caracterizando-a como alguém que quer destruir a carreira do americano, além de atuar como criminosa. Segundo ele, o término de namoro ocorreu porque ela tentava controlar seus horários.

Driscoll alega que foi atacada por Busch no motorhome do piloto na pista de Dover, uma semana depois do término, pegando-a pelo pescoço e batendo sua cabeça na parede três vezes. A acusação foi negada por Busch, dizendo que apenas encostou as mãos nas bochechas da ex-namorada e a mandou ir embora, e que a cabeça de Driscoll teria encostado na parede nesse momento.

O músico gospel Richard Andrew Sniffen, que participa de eventos da Nascar e era próximo ao casal, afirmou que Driscoll o procurou na noite da briga e disse que foi empurrada por Busch, batendo a cabeça na parede. Ela estava brava e triste, mas não demonstrou ter medo do piloto e parecia querer reconciliar.

Depois, a situação mudou, segundo o músico, e Driscoll teria dito que queria “destruir” Busch. A Justiça decidirá sobre o pedido da ex-namorada até fevereiro.