Contrato para realização da Indy "lesa cofres públicos", diz MP
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) informou, nesta quinta-feira (29), que o contrato para realização da etapa da Fórmula Indy em Brasília, no próximo 8 de março, é repleto de irregularidades e “lesivo aos cofres públicos”.
O contrato entre a Terracap (Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal) e o Grupo Bandeirantes, promotor da Indy no Brasil, foi firmado na gestão de Agnelo Queiroz (PT), encerrada no último dia de 2014 - o atual governador é Rodrigo Rollemberg (PSB). Foi anunciado hoje o cancelamento do evento.
O GDF segue uma recomendação do próprio MP-DFT. Há uma semana, o Ministério Público expediu uma recomendação para que os presidentes da Terracap e Novacap, empresas do governo local responsáveis pelas obras no Autódromo Internacional Nelson Piquet, para não “licitar, realizar, autorizar, empenhar, liquidar, reconhecer ou pagar quaisquer despesas” relacionadas com a reforma do autódromo.
O MP-DFT levou em consideração a situação financeira da capital federal, que decretou estado de emergência na gestão da saúde pública, além de não pagar férias e 13º salário de boa parte dos servidores, e outros compromissos.
O primeiro edital de licitação para obra no autódromo, feito na gestão Agnelo, girava em torno de R$ 300 milhões. Mas foi suspenso pela Justiça por conter irregularidades.
Em dezembro, o UOL Esporte revelou que o rompimento do contrato entre Indy e o Distrito Federal implicaria em uma multa de US$ 70 milhões (cerca de R$ 185 milhões).
O GDF não se pronunciou sobre o cancelamento da prova.
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