Governo de Goiás vai tirar nome de Ayrton Senna de autódromo internacional
O Governo do Estado de Goiás vai alterar o nome do autódromo de Goiânia, atualmente chamado Autódromo Internacional Ayrton Senna. Na edição desta quarta-feira do jornal Diário da Manhã, foi publicada uma carta que o atual governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), enviou a Ary Valadão, político que comandou o Estado de 1979 a 1983, anunciando sua intenção de rebatizar a praça esportiva com o nome do ex-governador.
Segundo o UOL Esporte apurou, no entanto, não há ainda qualquer decisão sobre o nome que terá o autódromo. Desde o ano passado, quando foi concluída uma grande reforma no autódromo, existe a intenção de rebatizar a pista.
Um projeto de lei de iniciativa da Assembleia Legislativa chegou a ser formulado, mas não foi posto em votação em virtude do ano eleitoral, mas permanece na "fila" para apreciação.
Segundo fontes do governo goiano, a comunidade automobilística local, em que pese o respeito por Ayrton Senna, é a principal defensora da mudança do nome, uma vez que o tricampeão de Fórmula 1 jamais correu ou mesmo esteve presente no autódromo.
Há alguns nomes em debate, como o do ex-piloto Emerson Fittipaldi (que prestou consultoria técnica durante a reforma do autódromo) e o do ex-governador Ary Valadão, conforme revela a correspondência enviada por Perillo.
"A verdade é que ninguém conhece o autódromo pelo nome de Ayrton Senna. Ele não está nas placas ou em lugar nenhum. A carta do governador Perillo era uma correspondência privada, que foi levada a público, mas fala apenas de uma intenção do governador, não há nenhum projeto, decreto ou nada de concreto sobre o nome que terá o autódromo", afirma um membro do governo goiano, que pediu para não ter seu nome revelado.
De forma oficial, em resposta a questionamento do UOL Esporte, a Agetop, órgão do governo estadual que administra o autódromo, enviou ao portal a seguinte nota sobre o assunto: "Até o momento, não fomos comunicados oficialmente de nenhuma alteração no nome do Autódromo de Goiânia. Temos conhecimento que a mudança, para ser real, deverá ser aprovada pela Assembleia Legislativa."
* Colaborou Patrick Mesquita
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