CBA reage à denúncia e afasta preventivamente oficiais citados
A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) reagiu rápido à denúncia feita pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (29), e suspendeu provisoriamente os oficiais citados pela publicação.
De acordo com a reportagem, que diz ter tido acesso a troca de mensagens por WhatsApp, o auxiliar Ygor Dias e o comissário técnico Clóvis Matsumoto se aliaram com objetivo de prejudicar pilotos da Stock Car.
"A CBA informa que, provisória e preventivamente, resolveu afastar os oficiais de pista citados na matéria e abrir inquérito administrativo para apurar supostas irregularidades, além de encaminhar a matéria jornalística para a Procuradoria do STJD do Automobilismo, ante a gravidade do narrado", diz o comunicado.
Mais cedo, Cacá Bueno, competidor da categoria, já havia se pronunciado. E, na sequência, Galvão Bueno, seu pai, garantiu que irá aos tribunais em decorrência do caso.
Confira o comunicado completo
A Confederação Brasileira de Automobilismo - CBA - vem a público informar que tomou ciência da matéria, publicada na data de hoje, 29 de fevereiro de 2016, no jornal Folha de S. Paulo, pela jornalista Paula Cesarino Costa, intitulada: "Troca de mensagens põe em xeque isenção de fiscais da Stock Car".
A matéria informa que a Folha de S. Paulo "teve acesso a uma troca de mensagens, por WhatsApp de um grupo de comissários e auxiliares que atua no circuito".
Nas conversas, a que a Folha de S. Paulo diz ter tido acesso, os comissários supostamente fariam ameaças de desclassificar pilotos e se vangloriariam de já o terem feito.
A matéria se refere especificamente ao auxiliar Ygor Dias, ao Comissário Técnico Clóvis Matsumoto e aos pilotos Cacá Bueno, Xandinho Negrão e Átila Nunes.
A CBA informa que, provisória e preventivamente, resolveu afastar os oficiais de pista citados na matéria e abrir inquérito administrativo para apurar supostas irregularidades, além de encaminhar a matéria jornalística para a Procuradoria do STJD do Automobilismo, ante a gravidade do narrado.
A CBA esclarece que os auxiliares e comissários técnicos não têm o poder de desclassificar ou de tirar pontos de qualquer piloto. Eles, os comissários técnicos, elaboram um relatório técnico, emprestando conformidade ou desconformidade ao veículo de competição diante do regulamento técnico da categoria.
As vistorias técnicas são realizadas, de ofício, pelos comissários técnicos ou por reclamações de pilotos ou de equipes concorrentes, na forma do Código Desportivo do Automobilismo e, em qualquer hipótese, são acompanhadas, pessoalmente, no local em que os carros são vistoriados, por membros da equipe proprietária do veiculo, inclusive pelo piloto, se assim o desejar.
Os regulamentos técnicos das categorias são objetivos, não se prestando, em regra, a interpretações divergentes.
Os Comissários Desportivos, com base nos relatórios elaborados pelos Comissários Técnicos, na presença dos membros das equipes, têm o poder de punir os pilotos, inclusive com perda de pontos.
A CBA, em levantamento realizado a partir de janeiro de 2009, pode afirmar, com toda certeza, que nenhum piloto veio a ser punido pelos comissários desportivos, com base em relatório dos comissários técnicos, e, portanto, nenhum piloto deixou de ser campeão em virtude de punições dos comissários da CBA.
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