Assim como Hubert, Brasil já sofreu com morte em categoria de acesso à F1
Resumo da notícia
- Marco Campos morreu aos 19 anos, após sofrer acidente em Magny-Cours, na França
- Ele estava em sua primeira temporada na Fórmula 3000, categoria de acesso à Fórmula 1
- Seu irmão, Júlio Campos, corre pela Stock Car
Uma tragédia como a que vitimou o piloto Anthoine Hubert durante prova da Fórmula 2 no último sábado já atingiu uma família brasileira. Marco Campos morreu em Paris em 15 de outubro de 1995, aos 19 anos, depois de sofrer um grave acidente na Fórmula 3000, categoria que antecedeu a Fórmula 2 como a "base" da Fórmula 1.
O acidente fatal aconteceu no circuito de Magny-Cours, na França. Campos subiu na roda traseira do italiano Thomas Biagi, decolou, acertou a mureta de proteção e parou na caixa de brita. Ele teve morte cerebral dois dias depois.
Marco era irmão de Júlio Campos, atual piloto da Stock Car, que tinha apenas 13 anos. "Na época em que o Marco bateu, eu já tinha começado no kart por causa dele. Tinha todos os sonhos por causa dele. Ele era como um coach para mim. Eu me espelhei 100% nessa pessoa que estava em casa comigo. Ele virou meu ídolo, era como ter um ídolo dentro de casa. Acabou que foi muito impactante na minha carreira o acidente dele, porque foi tirado da família o cara que todo mundo esperava na Fórmula 1".
"É realmente muito difícil lá em casa. Eles gostam de ficar por dentro do automobilismo. Na hora em que aconteceu o acidente [do francês Hubert] no sábado, meu pai me ligou na hora: 'P... que pariu, meu Deus do céu, tomara que não seja nada'. Meu pai é apaixonado pelo automobilismo até hoje. Quando acontece esse tipo de acidente, é bem impactante para eles, porque eles acabam revivendo tudo de novo".
Marco Campos iniciou a carreira no kart e se mudou para a Europa em 1994, para competir na Fórmula Opel. Campeão em sua primeira temporada, o brasileiro partiu para a Fórmula 3000 no ano seguinte, quando sofreu o acidente fatal.
"Era um final de semana em que eu estava correndo. Corri na semana que ele morreu, porque sabia que se não fosse, não ia mais voltar. Eu realmente bati no peito. Meu pai apoiou bastante, desde o dia em que eu falei que não pararia. Foi no próprio enterro do meu irmão que eu falei isso. Então, nunca mais se tocou no assunto", prosseguiu Júlio.
Sem patrocínios para correr na Europa, Júlio Campos trilhou sua trajetória no automobilismo no Brasil. Campeão no kart, entrou para a Stock Light em 2005, estreando na Stock Car no ano seguinte. Atualmente, vive seu melhor momento na principal categoria brasileira. Aos 37 anos, está na briga pelo título da temporada, com 180 pontos, no quarto lugar. Ele venceu uma prova e fez uma pole position em 2019.
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