Piloto quer fim da bandeira confederada dos EUA na Nascar: 'Não há espaço'
Bubba Wallace, piloto da Cup Series na Nascar, espera que a categoria vete nas arquibancadas das provas a presença da bandeira dos Estados Confederados da América. O símbolo pode ser visto com frequência entre torcedores.
A bandeira representa um movimento de estados do sul dos EUA que, na década de 1860, após a eleição de Abraham Lincoln à presidência do país, se uniram em um movimento separatista pautado pela escravização de negros. O símbolo voltou a ganhar força no fim da década de 1940, frente a movimentos pelos direitos civis da população negra.
No último final de semana, durante etapa de Atlanta da temporada 2020, Wallace — único piloto afroamericano do grid — utilizou uma camiseta com as frases "I can't breathe" e "Black lives matters" (em inglês, "não posso respirar" e "vidas negras importam"). A prova foi marcada por diversas homenagens a George Floyd, cidadão negro norte-americano asfixiado até a morte em 25 de maio por um policial branco na cidade de Mineápolis.
Para Wallace, agora, após as homenagens, é preciso ir além. "Estamos pensando nos próximos passos, e meu próximo passo seria nos livrarmos das bandeiras confederadas", disse o competidor da Richar Petty Motorsports em entrevista à CNN.
"Ninguém deveria se sentir desconfortável quando vai para uma corrida da Nascar. Então, começa com as bandeiras confederadas. Livrem-se delas. Não há espaço para elas", acrescentou.
O debate na categoria não é novo. Em 2015, os responsáveis pelo Daytona International Speedway ofereceram bandeiras dos EUA a torcedores que levaram a bandeira confederada e aceitassem trocar. Hoje, oficialmente, o desenho é vetado em pinturas de carros e programas de corridas, entre outros pontos de responsabilidade da Nascar.
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