Nascar: Trump critica veto a bandeira e piloto que acusou possível racismo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a Nascar por proibir a bandeira confederada, um símbolo ligado ao passado escravagista americano, em suas provas disse que o único piloto negro da modalidade, Bubba Wallace, criou uma farsa após uma corda em forma de laço ser encontrada em sua garagem.
Explorando as tensões raciais, Trump sugeriu que Wallace deveria se desculpar depois que autoridades federais concluíram, no mês passado, que a corda estava pendurada pelo menos desde outubro de 2019 na garagem e não se tratava de um crime de ódio racial.
Wallace sustentou que a corda havia sido moldada em um laço e disse que estava entristecido pelo "ato desprezível de racismo e ódio", com outros pilotos o apoiando.
"O Bubba Wallace pediu desculpas a todos os grandes pilotos e oficiais da Nascar que vieram em seu apoio, ficaram ao seu lado e estavam dispostos a sacrificar tudo por ele, apenas para descobrir que tudo era apenas mais um boato? Essa decisão e (o caso) da bandeira causaram as audiências mais baixas já vistas", escreveu.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, defendeu a decisão do presidente de entrar no caso Wallace, dizendo em uma entrevista no Fox News Channel que: "O presidente está apenas apontando que precisamos divulgar os fatos antes de passarmos ao julgamento".
Wallace, um nativo do Alabama, assumiu um papel ativo na busca pela igualdade racial. Ele usou uma camisa dizendo "Não consigo respirar", correu com uma pintura no caro com a frase "Black Lives Matter' em corrida na Virgínia e fez lobby com sucesso pela proibição da bandeira confederada da Nascar.
Por mais de 70 anos, a bandeira era vista com frequência nas corridas da Nascar. A série tentou banir a bandeira confederada pela primeira vez há cinco anos, mas apenas agora, depois da pressão liderada por Bubba, cumprir a ordem.
Embora Trump afirme que a audiência da Nascar estão em baixa, elas na verdade estão em alta.
Bandeira confederada
A bandeira confederada foi criada no início da década de 1860 em oposição à eleição presidencial Abraham Lincoln, abertamente abolicionista. O movimento era liderado por escravagistas de seis estados do sul do país: Alabama, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Louisiana e Mississipi. Eles contaram com apoio do Texas, da Carolina do Norte, do Tennessee, entre outros, na declaração de independência aos Estados Unidos.
A guerra durou até abril de 1865. Foi nesse período que o general Robert Edward Lee se rendeu ao general Ulysses S. Grant. Desde sua posse, o presidente Abraham Lincoln declarou como ilegal a união dos Estados confederados.
Apesar da derrota, a bandeira confederada seguiu como um símbolo presente no Sul dos Estados Unidos. A base de fãs da Nascar é majoritariamente dessa região, que costumava levar o artefato aos eventos da modalidade.
*Com informações da AP
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