Em jogo concluído já na madrugada de hoje, Corinthians e São Paulo empataram em 2 a 2 na Neo Química Arena, pelo Campeonato Paulista, mantendo o jejum de vitórias do time são-paulino nos clássicos disputados no estádio corintiano, mas também com o placar definido em um gol de pênalti nos instantes finais pelo time comandado por Hernán Crespo, que mantém sua série invicta, enquanto pelo lado da equipe de Vagner Mancini a sensação da vitória de virada tendo escapado.
No podcast Posse de Bola #122, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam o empate entre os rivais paulistas, assim como as semifinais de outros campeonatos estaduais, com o Flamengo vencendo e o Fluminense empatando no Carioca, Atlético-MG vencendo e o Cruzeiro derrotado pelo América-MG em Minas Gerais e o Grêmio com vitória enquanto o Inter foi derrotado pelo Juventude no Gaúcho, passando também pela decisão entre Ceará e Bahia na Copa do Nordeste, vencida no primeiro jogo pelo time cearense.
Juca Kfouri afirma que, apesar de mantida a escrita de o Corinthians não perder em seu estádio para o rival, que vive um melhor momento, a sensação do torcedor acaba sendo de frustração pelo fato de a vitória ter escapado nos últimos minutos, em jogo no qual a equipe de Mancini se portou bem dentro de campo, enquanto viu o São Paulo poupar alguns titulares.
"Eu não sei interpretar exatamente qual é o sentimento da Fiel hoje de manhã depois de ter ido dormir ainda hoje com aquele 2 a 2 no finalzinho, pênalti juvenil cometido pelo menino João Victor, que estava indo tão bem e fez um pênalti absolutamente desnecessário, o Pablo jamais chegaria naquela bola, eu vou dizer a você, a minha sensação é de frustração", afirma Juca.
Frustração pela vitória que escapou no Corinthians
Juca afirma que mesmo a entrada de alguns titulares durante o segundo tempo não tornou o São Paulo um time melhor dentro de campo, destacando as ausências dos laterais Reinaldo e Daniel Alves, pontuando que, embora a expectativa pudesse ser pior antes da partida, o Corinthians conseguiu se sair bem e a vitória também seria justa.
"A escrita permanece, mas foi um empate para o corintiano com gosto de derrota, vamos valar o que é verdade, porque teria sido saborosíssimo poder comemorar mais uma vitória, a 11ª em Itaquera e ficamos com um empate e vamos também pôr os pés no chão, contra o São Paulo reserva, contra o São Paulo que deixou cinco titulares no banco, um dos titulares sequer foi a Itaquera, o Daniel Alves, os dois laterais, ele e o Reinaldo, fizeram uma falta brutal", diz o jornalista.
"Aqueles que entraram já no segundo tempo para tentar ganhar o jogo, entraram em um jogo que estava quentíssimo, eu diria que com excesso até de virilidade e não aconteceu nada com eles, porque é desses jogos que você tem que estar desde o início. Então, a minha sensação, é claro que seria muito pior se o Corinthians tivesse perdido, mas é de frustração", completa.
Torcida organizada do São Paulo na bronca após o empate
Se pelo lado corintiano a sensação é de frustração, entre parte dos são-paulinos também não agradou o empate, com torcida organizada reclamando do tratamento dado ao clássico pelo técnico Hernán Crespo, mesmo tendo o São Paulo um jogo de Libertadores contra o Racing já na noite de quarta-feira, na Argentina.
"O legal do clássico eu acho que é exatamente essa questão que ele não passa incólume, sempre tem alguma sequela, até o clássico que termina empatado, ele traz sequelas para um lado ou para o outro, positivas ou negativas até de repente, e acho que a torcida organizada do São Paulo, não só a torcida organizada, boa parte do torcedor do São Paulo trocaria um bom resultado na Argentina quarta-feira contra o Racing pela vitória em Itaquera", diz Arnaldo Ribeiro.
"Eu, como analista de futebol, vejo como uma distorção assim daquelas absurdas, acho que a estratégia do Crespo, o Crespo não menosprezou o clássico, tanto que ele levou todos os jogadores, exceção do Daniel Alves. Nas outras partidas, algumas partidas do Paulista, ele nem levava os titulares para o banco, nem escalava nenhum titular, teve jogo que ele jogou até com o goleiro reserva. Acho que ele pensou, fosse o jogo do São Paulo contra qualquer outro time menor do futebol paulista, provavelmente nenhum titular iria para campo, então ele fez um time que ele imaginou forte para tentar vencer, tentar sim quebrar o tabu, sabendo sim da importância do jogo, mas sem tirar todas as forças do jogo da quarta-feira contra o Racing", conclui.
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