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ANÁLISE

UOL Flamengo #21: Renato Gaúcho não fará grandes revoluções no time

Do UOL, em São Paulo

20/07/2021 16h00

A goleada de 5 a 0 sobre o Bahia no Brasileirão empolgou a torcida do Flamengo, que já exalta Renato Gaúcho e vê o time relembrar as atuações sob o comando de Jorge Jesus. A comparação com o desempenho da equipe na época de Rogério Ceni também despertou a pergunta: o que Renato fez de diferente para o time voltar a encantar?

No podcast UOL Flamengo #21 (ouça na íntegra no episódio acima), o apresentador Pedro Lopes, o repórter Igor Siqueira e o setorista Leo Burlá analisam esta euforia e o início de trabalho de Renato Gaúcho, que não deve fazer grandes mudanças na equipe.

Para Burlá, a volta de Gabigol à equipe foi fundamental para a mudança de ares. "O Flamengo teve uma exibição de cinema contra o Bahia. Poderia ter sido oito, sem exagero. O Gabigol traz um componente de ânimo diferente. A simbiose dele com o Flamengo é muito forte. Ele se sente muito à vontade e os jogadores adoram tê-lo do lado. A volta dele ajuda muito a explicar esse ânimo renovado. O Renato chegou do jeitão Renato, com conversa ao pé do ouvido, sem inventar muito, sem grandes alterações em pouco tempo", disse.

Siqueira lembrou que a torcida flamenguista ficou desconfiada pela atuação da equipe na estreia de Renato Gaúcho, na vitória por 1 a 0 sobre o Defensa y Justicia nas oitavas de final da Libertadores. "A torcida ficou meio escaldada e temerosa de reviver a situação que o Domènec Torrent causou no Flamengo. Foi uma mudança muito abrupta de Jorge Jesus para o Dome, traumática em todos os sentidos. O Dome veio mexendo em um monte de peças. Ver o Flamengo no jogo inicial com o Renato com um DNA tão diferente do que o apresentado ainda nessa fase de desempenho intermediário com o Rogério Ceni assustou muita gente", avaliou.

Em relação ao time montado por cima, Burlá, considera que Renato fez pequenos ajustes - e não deve fazer muito mais alterações. "Não acredito em grandes revoluções. O Renato já sinalizou contra o Bahia que vai voltar o Arão para sua posição de origem. Ele dá uma qualidade incrível para a saída de bola e na proteção dos zagueiros. Isso resulta que jogadores como Gustavo Henrique e Leo Pereira possam render mais. Quando o Ceni escalou um volante entre os zagueiros, o recado foi bem claro: os que eu tenho não resolvem. O Renato vai dar força para os zagueiros que aqui estão, vai devolver o Arão para a posição dele e o Diego, soberano, dificilmente perde a vaga", comentou o setorista.

Com essas mexidas no meio-campo, Siqueira vê um Flamengo mais equilibrado. "O Diego é um camaleão, capaz de se adaptar a qualquer posição no meio-campo, seja como primeiro ou segundo homem ou, eventualmente, substituir o Arrascaeta jogando mais centralizado. O Arão se tornou importante para esse estilo de jogo do Flamengo, principalmente pela parte criativa com essa qualidade no passe e distribuição de jogo", completou.

Ouça o podcast UOL Flamengo e confira também a discussão sobre o mercado da bola rubro-negro, com o interesse do clube em Renato Augusto e Thiago Mendes.

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