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Badauí lamenta torcida única, bandeiras proibidas e é contra o futebol moderno

Do UOL, em São Paulo

21/08/2021 04h00

Vocalista do CPM 22 e corintiano, Badauí é fanático por futebol desde a infância, gosta de jogar e ir aos jogos, inclusive visitando estádios fora do país, mas tem uma frustração, que é não poder ir a um jogo diante do Palmeiras na torcida do Corinthians no Allianz Parque, isso porque em São Paulo os clássicos são disputados com torcida única há mais de cinco anos.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, o músico lamenta que ainda se aplique a regra da torcida única e aponta outros inimigos no futebol, como a proibição de bandeiras e a demora no VAR brasileiro para se posicionar contra o futebol moderno.

"Isso sintetiza exatamente o que eu sou contra o futebol moderno, é exatamente isso o que você falou. Eu não poder ver um jogo no estádio do meu rival. Isso envolve diversos aspectos, inclusive também uma falta de evolução de civilidade da sociedade também que não consegue conviver em grupo, isso é um absurdo também", afirma Badauí.

"Eu acho que o estado tem que se envolver, eu acho que as leis têm que ser mais punitivas também a quem comete isso. Na Inglaterra isso é meio que se resolveu dessa forma, você punindo as pessoas que cometem atos graves, principalmente. O cara que joga um chinelo ali, fica um jogo sem ir, beleza, mas o cara saiu na porrada no estádio, o cara que jogou o sinalizador que matou o Kevin, você tem que banir o cara do estádio, mas tem que ser uma coisa em conjunto com a sociedade para a gente poder exatamente usufruir do esporte como ele deve ser usufruído. Eu acho uma merda você ir no jogo com uma torcida só", completa.

O cantor defende critica as restrições às bandeiras e aos sinalizadores nos estádios, lembrando que costumava gostar de ficar próximo ao responsável dos bandeirões de torcida quando era permitida a entrada com mastro de bambu.

"Mas tem outras coisas também, tem a demora do VAR, essas coisas. Eu não sou contra o VAR, por exemplo, que é uma coisa do futebol moderno, mas estava vendo jogo da Inglaterra, do Newcastle e o West Ham. O bandeira anulou o gol do West Ham, gol de empate, foi coisa de 1 minuto que o cara validou o gol. Terminou a comemoração, se posicionou e o cara já tinha o resultado. É esse tipo de coisa, esse tipo de profissionalização dessas ferramentas muito melhor também?, diz Badauí.

"Agora, instrumentos no estádio, sinalizadores, bandeira, bandeirão. Ninguém vai usar o bambu para bater em alguém, isso é absurdo. A gente estava falando de 1977, daquela época, a cena que mais me veio na cabeça assim, e também do de 1990, os bandeirões, os caras sacudindo o bandeirão ali, muito doido, eu gostava de ficar do lado dos caras, vendo sacudindo aquele bandeirão, o cara ficava o jogo inteiro, pegavam o mais forte da torcida ali para ficar sacudindo o negócio e o cara nem via o jogo às vezes, ficava só olhando a bandeira. Eu sinto muita falta disso", conclui.

O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.