Badauí: A rivalidade maior que eu tenho, sinto e admiro é com o Palmeiras
Como torcedor do Corinthians e de família italiana, Badauí, vocalista do CPM 22, aponta o Palmeiras como o clube com o qual a rivalidade é mais acirrada, considerando até a origem dos dois como um fator importante na diferenciação em comparação com o São Paulo e o Santos.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Badauí diz que o dérbi paulistano é o clássico que o faz criar expectativa nos dias anteriores e que o fascina como principal rivalidade corintiana.
"O que me tira o sono é o Palmeiras, assim de antes do dérbi, que eu falo ?cara, amanhã é dia de dérbi?. Já os grupos, meus amigos começam a me ligar, tipo, onde vai ver o jogo. Não interessa a fase do Corinthians, a gente, até porque isso a gente já viu inúmeras vezes o Palmeiras estar muito pior e ganhar o jogo e vice e versa. Então, para mim a rivalidade maior que eu tenho, eu sinto e admiro é com o Palmeiras", conta o músico.
"Por conta da etnia, que os imigrantes italianos eram torcedores do Corinthians em 1910, acompanhavam o clube, o primeiro presidente do Corinthians foi um italiano, então tem essa relação étnica também, e depois a debandada da torcida quando fundou o clube da colônia, então isso me fascina", completa.
Badauí vê a rivalidade com o São Paulo como algo mais relacionada ao campo, enquanto no caso do Palmeiras há outros fatores envolvidos.
"A rivalidade com o São Paulo veio depois, com relação mais dentro de campo mesmo, futebol, um clube que também se estruturou rápido e começou a ganhar títulos, principalmente na década de 90, ganhando títulos importantes, Libertadores, Mundiais, então a rivalidade com o São Paulo eu vejo mais dentro de campo, quando vai jogar, a rivalidade do Palmeiras é o dia a dia mesmo, numa conversa de bar", explica.
O vocalista conta o CPM 22 é bastante ligado ao futebol, mas as discussões envolvendo o esporte dentro da banda são evitadas para evitar atritos, já que há uma divisão em relação aos times pelos quais os integrantes torcem.
"Quem gosta mais de futebol sou eu e o Luciano, guitarrista, que é palmeirense também doente, e a gente não fala de futebol porque sai faísca mesmo. Tem determinadas pessoas que você não consegue falar de futebol de forma de zoeira, na equipe tem palmeirense que eu adoro aloprar, mas é personalidade de cada um, então a gente prefere não falar", diz Badauí.
"A gente sempre foi protagonista no Rock Gol, já tem cinco finais lá, ganhamos dois títulos, então a banda tem uma ligação forte com o futebol também. A gente tem uma música sobre futebol, mas que é uma música que está mais de bonus track no disco Depois de um Longo Inverno, chama 10 mil vozes, uma música bem legal, mas eu tenho vontade de fazer mais alguns sons assim sobre futebol. Eu tenho vontade inclusive, eu tenho alguns amigos corintiano que tocam, de bandas parceiras, e eu quero fazer um som para ver se rola no estádio, porque lá na arena do Corinthians sempre rola o CPM nos intervalos ou antes do jogo, então eu quero ver se os caras conseguem colocar alguma coisa falando sobre futebol, sobre o Corinthians", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no Youtube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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