Vojvoda é um cara diferente como indivíduo, diz coordenador técnico da AFA
O técnico argentino Juan Pablo Vojvoda é uma das sensações da temporada no futebol brasileiro no comando do Fortaleza. Sua equipe ocupa a terceira posição no Brasileirão, atrás apenas do líder Atlético-MG e com o mesmo número de pontos do vice-líder Palmeiras, tendo vencido os dois clubes atuando como visitante, deixando uma impressão muito positiva com um elenco modesto.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, o treinador Leo Samaja, que coordena os cursos para técnicos da ATFA (Associação de Técnicos do Futebol Argentino) afirma que o Fortaleza acertou em cheio com Vojvoda por sua capacidade diferenciada além do trabalho de campo e vestiário.
"Ele caiu em um clube que tem uma estrutura hoje que vem sendo profissionalizada há bastante tempo. Então a diretoria do Fortaleza não foi só feliz em achá-lo, também foi muito coerente na forma em que procurou o profissional, entendeu suas limitações, a consciência com as suas próprias ambições. No caso do Vojvoda, como tantos outros treinadores, a formação de base dele é evidente, então, é um treinador super qualificado, mas, independentemente, de sua qualificação como treinador, é um cara diferente pessoalmente, como indivíduo", afirma Samaja.
"Isso um pouco que vai além da fronteira da nossa profissão. E isso é o que a Europa também busca no profissional. Não é somente um líder, um entregador de coletes, é uma pessoa que venha a fazer alguma transformação. Por exemplo, o Marcelo Bielsa também não tem grande títulos nas suas costas, então, o que busca o clube além da confiança do que pode entregar, é aquilo que pode gerar em toda a sua dimensão, toda a sua estrutura. Eu creio que o Fortaleza encontrou isso no Vojvoda, encontrou esse perfil de profissional que vai além um pouco do trabalho dentro do vestiário e dentro do campo", completa.
Questionado se o futebol argentino tem outros técnicos com perfil semelhante ao de Juan Pablo Vojvoda, Samaja cita o nome de Eduardo Domínguez, que atualmente dirige o Colón, que conquistou este ano a Copa da Liga Profissional, além de ter passado anteriormente pelo Huracán, também da Argentina, e pelo Nacional, do Uruguai.
"O Eduardo Domínguez é um treinador que vem já há um tempo fazendo uma grande evolução e uma grande demonstração do que foi capaz de se tornar como comandante. É um caso exemplar lá na Argentina", afirma Samaja.
"Agora, restantes treinadores temos muitos colegas que estão trabalhando no futebol argentino, no futebol mexicano mesmo, que estão rodando o mundo, em ligas menores, até na MLS, que vêm mostrando grandes trabalhos, grandes repertórios, alguns com mais ou menos resultados que outros", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no YouTube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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