Após o empate por 1 a 1 com a Chapecoense, lanterna do Brasileirão, Hernán Crespo viu a pressão aumentar. A cúpula do São Paulo se reuniu para cobrar o treinador, para que a equipe retomasse o bom futebol apresentado na conquista do título paulista. A demissão do argentino não esteve em pauta, mas a situação dele continua delicada.
No podcast UOL São Paulo #32 (ouça na íntegra no episódio acima), o apresentador Vanderlei Lima, o colunista Arnaldo Ribeiro e o repórter Eder Traskini analisam a situação do treinador, que tem o clássico contra o Santos como chance decisiva para a definição de seu futuro.
"Pesam alguns fatores. O primeiro é econômico, que talvez não seja primordial, mas na situação delicada em que o São Paulo se encontra, pesa, sim, uma multa pela rescisão em dólar. Outro fator é o momento da temporada. Faltam dois meses para o final. Trocar de treinador agora... Quem viria? O terceiro fator: um técnico que foi contratado por essa cúpula, que veio com objetivo inicial de tirar o time da fila, conseguiu isso. A responsabilidade pela escolha foi dessa cúpula: Casares, Belmonte, Muricy e Rui Costa. A demissão do Crespo seria o fracasso dessas quatro pessoas. A repercussão nas redes sociais sobre uma eventual saída também foi negativa", apontou Ribeiro, ao explicar os motivos pelos quais Crespo foi mantido no cargo.
Para Traskini, a volta do torcedor ao Morumbi para o clássico desta quinta (7) contra o Santos pode ter importância fundamental no futuro de Crespo - e pelo lado negativo. "Ele vai chegar ao clássico contra o Santos, em que já há uma pressão por si só, e em um momento no qual o São Paulo não consegue sair da 13ª posição, jogar bem e ganhar da lanterna. É um momento muito complicado essa volta do público, que está ansioso, mas pode ser um divisor de águas. Não para o lado que o Crespo quer, se perder o jogo. Isso vai pesar muito internamente", alertou o repórter.
Ribeiro ressaltou que aquele clima após a conquista do Paulistão mudou completamente. "Crespo foi mantido, mas quase como sob intervenção, como foi com o Fernando Diniz com outra diretoria. Ou seja: é discutir com Muricy e os pares sobre escalação, parar de trocar tanto, manter o time, insistir em uma ideia, tentar mobilizar os jogadores. Essa tentativa de ajuste já foi feita depois da Copa do Brasil e não surtiu o efeito que a diretoria esperava. Houve uma reação contra o Atlético-GO, mas depois foram passos para trás. Agora, é outra tentativa. O cenário é frágil, pegando tudo isso", concluiu.
Ouça o podcast UOL São Paulo e confira também a discussão sobre como o elenco são-paulino não tem um líder, e como essa ausência influencia o grupo.
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