UOL Esporte Vôlei
 
24/09/2010 - 09h01

Árbitras de Sérvia e EUA se tornam primeiras mulheres a trabalhar em Mundiais

Mariana Bastos
Da Folhapress
Em São Paulo

O Mundial masculino de vôlei terá pela primeira vez mulheres no apito. A sérvia Zorica Bjelic, 44, e a americana Patricia Salvatore, 53, compõem o grupo de 24 árbitros indicados pela FIVB (Federação Internacional de Vôlei) para trabalhar no torneio que será sediado na Itália a partir de sábado.

"Prefiro trabalhar em jogos masculinos do que em femininos porque é um desafio", disse Salvatore.

Ela atua em partidas da FIVB desde 1996, mas obteve a chance de mediar jogos de um Mundial masculino restando só dois anos para atingir a idade limite para arbitrar em nível internacional.

"A cada dia tento melhorar, me desafiar e continuarei assim até minha aposentadoria em 2012", disse Salvatore ao site da FIVB. "Tenho a melhor visão da quadra que um espectador poderia ter. Ninguém está olhando para mim, e estou lá para garantir o melhor show da terra."

Amiga de Salvatore, a sérvia Zorica Bjelic acumula 25 anos de experiência na arbitragem. Ela já apitou jogos da Liga Mundial -torneio masculino de seleções-, mas se mostrou surpresa por ter sido convocada para ir à Itália.

"Talvez o vôlei masculino tenha mais potência, mas hoje os jogos femininos também já alcançaram um alto nível de força. Sinto que estou bem preparada para este Mundial", afirmou a sérvia, uma das pioneiras da arbitragem feminina de vôlei na antiga Iugoslávia.

"Acho que ajudei a abrir as portas para as mulheres na arbitragem de meu país’’, disse Bjelic. ‘Espero que no futuro possa haver mais mulheres na arbitragem."

Quando iniciou sua carreira, em 1985, ela se tornou a segunda mulher de seu país a apitar jogos de vôlei. Atualmente, há 37 mulheres atuando nas quatro principais ligas da Sérvia. No Brasil, o número de árbitras de vôlei em competições de alto nível ainda é bastante reduzido. Só cinco mulheres estão habilitadas a apitar na Superliga, o campeonato nacional de clubes.

Na última temporada, somente uma delas, a carioca Shirlei Regina de Oliveira, foi escalada para um partida do torneio masculino -foi a segunda árbitra do jogo entre Volta Redonda e Sada Cruzeiro, pelo segundo turno.
No Mundial da Itália, o Brasil será representado na arbitragem pelo capixaba Rogério Espicalski.

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