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AFP PHOTO / JUAN MABROMATA

Time do Brasil na Liga: base renovada tenta agora conquistar o Mundial da Itália

24/09/2010 - 20h02

Em estreia 'perfeita' contra freguês, Brasil busca ritmo e supre desfalques

Roberta Nomura
Em Verona (Itália)

Nervosismo de estreia. Oito novatos em situação inédita. Dois possíveis desfalques. Resultados negativos na preparação final. O cenário da seleção brasileira masculina de vôlei não parece muito animador. No entanto, do outro lado da rede, um adversário frágil e freguês atenua o quadro e dá o tom de início ‘perfeito’ para o Brasil na busca pelo terceiro título do Campeonato Mundial. O primeiro obstáculo é a Tunísia, em duelo às 12h (horário de Brasília), deste sábado, em Verona.

TIMES QUE ESTÃO NO MUNDIAL E NUNCA VENCERAM O BRASIL EM TORNEIOS FIVB

SELEÇÕES NÚMERO DE JOGOS
Austrália 5
Camarões 1
Egito 10
Irã 2
Porto Rico 1
Tunísia 7
Venezuela 15

O retrospecto é totalmente favorável. A equipe africana é uma das sete seleções que participam do Mundial que nunca venceram o Brasil em torneios da Federação Internacional de Voleibol (ver tabela ao lado). São sete confrontos e sete vitórias verde-amarelas. O último encontro ocorreu em novembro de 2007 na Copa do Mundo.

“Eu prefiro pegar um adversário assim, porque é importante margem de erro. E estreia é sempre nervosa. É bom ganhar confiança e ir crescendo na competição. Não desrespeitando a Tunísia, mas a gente não precisa estar e jogar a 100%. Vencer a estreia é importante para chegarmos bem contra Cuba, que é o máximo da exigência na nossa chave”, analisou o ponteiro Murilo.

Após a estreia contra a Tunísia, o Brasil enfrenta a Espanha no domingo, às 16h (de Brasília). No mesmo horário, na segunda-feira, a equipe encerra a participação na primeira fase contra Cuba. “Essa ordem é melhor, para pegar ritmo de jogo, entrosamento e confiança. Estreia tem sempre ansiedade. A gente não conhece muito bem a Tunísia. Mas mesmo sabendo que é mais fraco, temos que respeitar, fazer a nossa parte e controlar nossa ansiedade”, falou o oposto Leandro Vissotto.

E o fato de encarar adversários mais fracos antes da partida decisiva contra Cuba é de extrema importância, já que o técnico Bernardinho sofre com jogadores no departamento médico. O levantador Marlon está com colite (inflamação intestinal), ainda está muito abatido e ficou de fora de dois dos últimos treinos. Bruninho começará a partida como titular.

O ponteiro Dante sofreu uma contratura muscular nas costas, mas se recuperou bem e está em condições de jogo. Mesmo assim, Bernardinho testou a formação com Murilo e Giba na entrada de rede. Ainda sem força máxima, o Brasil é franco favorito diante dos africanos, mas o técnico mantém discurso mais cauteloso do que seus comandados.

“Eles têm um saque flutuante chato. E esse tipo de serviço tem causado problema para as equipes. A Tunísia vê o jogo como uma grande oportunidade, o que os torna mais perigosos. Eles vieram se divertir e buscar espaço. E estão sempre se classificando para Copas do Mundo, Mundiais...”, alertou Bernardinho.

Atual bicampeão mundial, o Brasil tenta igualar o feito da rival Itália - único país a obter três títulos consecutivos (1990, 1994 e 1998). Para isso, a equipe verde-amarela colocará sua renovação à prova. Com apenas quatro remanescentes da conquista de 2006 - os ponteiros Dante, Giba e Murilo e o central Rodrigão -, a equipe estreia oito novatos no torneio na Itália.

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