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Felice Calabro/AP

Seleção brasileira comemora ponto na tranquila vitória na estreia do Mundial

25/09/2010 - 13h16

'Assombrado' por lesões, Brasil estreia com vitória fácil sobre Tunísia no Mundial

Roberta Nomura
Em Verona (Itália)

O departamento médico da seleção brasileira masculina de vôlei roubou a cena nos últimos dias. E na estreia no Campeonato Mundial neste sábado não foi diferente. O técnico Bernardinho poupou Dante e não teve apenas um levantador entre os relacionados por causa do desfalque de Marlon. Não bastasse isso, a equipe perdeu o oposto Leandro Vissotto no segundo set com dores no pé. Mas, do outro lado da rede a fragilidade da Tunísia facilitou a vida verde-amarela e os atuais campeões iniciaram a campanha com vitória fácil por 3 a 0 (25-14, 25-21 e25-14).

A tranquilidade da cidade de Verona não parecia viver o clima do Mundial. No entanto, um bom público compareceu ao Palaolimpia, que tem capacidade para 6.200 pessoas. E os presentes viram o bom volume de jogo brasileiro encerrar a estreia em pouco mais de uma hora.

O Brasil entrou em quadra pressionado pela ausência de Marlon. O jogador está com suspeita de Doença de Crohn (inflamação crônica intestinal) e a equipe jogará toda a primeira fase com apenas um levantador. A responsabilidade ficou então em cima de Bruninho.

BRASIL NÃO TERÁ MARLON NA 1ª FASE DA COMPETIÇÃO


Com suspeita de doença crônica no intestino, o levantador Marlon está fora da primeira fase do Mundial. O jogador chegou a viajar de Verona a Modena em busca de um especialista e ainda realizará exames detalhados. No entanto, o desfalque na fase inicial foi confirmado e o Brasil corre o risco de ficar com apenas um levantador durante toda a competição, já que não pode substitui-lo.

Mais introspectivo do que o normal, o levantador deu conta do recado. Titular até a última Liga Mundial, competição em que perdeu o posto, Bruninho teve personalidade. A fragilidade da Tunísia colaborou, mas o jogador soube acionar e variar bem as jogadas no primeiro set, finalizado com facilidade em 21 minutos (25-14).

Enquanto Bruninho demonstrava bom jogo, o levantador Slimen encontrou muita dificuldade para jogar, até porque não tinha o passe na mão. No entanto, o desempenho do tunisiano melhorou na segunda parcial e ele passou a acionar mais o oposto Kaabi, maior pontuador do confronto com 13 acertos.

E no meio do set, mais um susto para o departamento médico. Leandro Vissotto sentiu dores no calcanhar. O médico Álvaro Chamecki chegou a entrar em quadra e o oposto teve mesmo que ser substituído. A alteração não mudou o panorama da partida. Mesmo perseguindo de perto o time verde-amarelo, os africanos não acompanharam o ritmo e tiveram a derrota na parcial sacramentada em bela cravada de Murilo.

A tranquilidade na partida fez Bernardinho rodar o time. Recuperado de contratura muscular nas costas, Dante entrou no lugar de Giba, que vinha fazendo boa partida principalmente na recepção. Sidão substituiu Rodrigão. João Paulo e João Paulo Bravo também atuaram. O Brasil voltou a encaixar um bom saque. O bloqueio ficou devendo, mas mesmo sem mostrar 100% da força, o Brasil fechou novamente em 25-14.
 

FICHA DO JOGO

Felice Calabro/AP
Seleção brasileira comemora ponto na tranquila
vitória na estreia do Mundial. Mais fotos
BRASIL 3
Bruninho e Vissotto; Giba e Murilo; Lucão e Rodrigão; Mário Júnior. Entraram: Dante, Sidão, Théo, João Paulo e João Paulo Bravo.

TUNÍSIA 0
Slimen, Ismail, Kadhi, Hmissi, Kaabi, Karoui. Entraram: Garci, Miladi, Taouerghi, Jerbi.

DIRETO DO GINÁSIO

VIRA CASACA
O Brasil foi muito aplaudido na entrada em quadra. No entanto, durante a partida, a torcida trocou de lado e adotou a Tunísia.
TRANQUILO?
Ainda com muletas, técnico Bernardinho passou quase todo o tempo sentado no banco de reservas. Só levantou nos tempos técnicos.
PRESENÇA ILUSTRE
O goleiro Dida, atualmente sem clube, viajou de Milão a Verona para acompanhar a vitória do Brasil e diz ser amigo do ponteiro Dante.
INFORMANTES
Os jogadores do banco de reservas passaram várias informações ao levantador Bruninho. A função geralmente era de Marlon.

MELHORES E PIORES

BRUNINHO
Sem substituto, entrou pressionado. O levantador correspondeu, variou bem as jogadas e conduziu o time
SLIMEN
Fraco, levantador teve atuação ruim no 1º set. Só ‘descobriu’ o oposto Kaabi na segunda parcial
MURILO
Em grande fase, ponteiro é referência: maior pontuador do Brasil, com 9 acertos
MKAOUAR FETHI
Passivo, técnico viu o time levar baile no primeiro set e demorou a pedir tempos

 

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