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Mundial de Volei Masculino 2010
Filippo Rubin/EFE

Bernardinho conversa com Rubinho durante o confronto entre Brasil e Tunísia
25/09/2010 - 18h57

Muleta limita Bernardinho e técnico troca agitação por 'repouso' no banco

Roberta Nomura
Em Verona (Itália)

Nos treinos, a muleta virou um aliado a mais. Bernardinho alcança bolas que estão mais longe, aponta para a posição que quer os jogadores, além da função primária de servir de apoio. No jogo deste sábado, porém, o acessório limitou o treinador. Local habitual do comandante verde-amarelo, a área técnica ficou vazia durante a vitória tranquila sobre a Tunísia na estreia no Campeonato Mundial de vôlei. Ele trocou a famosa agitação por ‘repouso’ no banco de reservas.

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Bernardinho se recupera de cirurgia após romper o tendão calcâneo do pé esquerdo e ainda usa bota protetora e muletas. Ativo, ele se incomoda com a impressão criada por ele mesmo de que está menos participativo. No treino,  por exemplo, o assistente técnico Rubinho teve mais voz ativa e ‘comandou’ atividades enquanto o treinador observava também do banco. Mas neste sábado, o técnico ‘reassumiu’ seu posto, mas sentado.

O fato dele permanecer sentado não livrou os jogadores dos gritos do treinador. Como ficou mais distante das quadras, o técnico caprichou no tom: “Giba, Giba”. “Bruno, Bruno”. A orientação vinha em forma de gesto. Com a tranquilidade no placar do primeiro set, o comandante levantou do banco só nas paradas técnicas obrigatórias.

O saque passou a não funcionar e o bloqueio também ficou devendo no segundo set. Bernardinho passou então a extravasar em suas tradicionais caretas. Visivelmente incomodado com alguns erros, mexeu nos cabelos e passou a mão na cabeça. Gritou, gesticulou. Mas sempre sentado no banco de reservas. Como a terceira parcial manteve a tônica da primeira, as 4.700 pessoas presenciaram uma versão mais ‘light’ do comandante.

Após a tranquila vitória, Bernardinho caminhou mancado e apoiado em sua muleta até a sala de imprensa. Mesmo após ter desgastado sua voz com os gritos, ainda teve fôlego para responder às perguntas da imprensa internacional. Poliglota, ele dispensou o tradutor e falou em português, italiano e inglês.

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