UOL Esporte Vôlei
 
26/09/2010 - 09h01

Brasil tenta neutralizar arma do banco contra pior ranqueado do Mundial

Roberta Nomura
Em Verona (Itália)

A Espanha colheu os frutos dos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992 e despontou em várias modalidades. É a atual campeã do mundo no futebol, tem o tenista número 1 do ranking da ATP (Rafael Nadal), revelou uma geração campeã mundial de basquete em 2006 e vice na Olimpíada de Pequim-2008 e o ciclista Alberto Contador, campeão da Volta da França. O voleibol foge à regra. Fora da elite, a equipe ainda tem o desafio de jogar o Campeonato Mundial sem três importantes jogadores. O time não chega a assustar e é o pior ranqueado da competição. Mas para evitar surpresa no duelo deste domingo às 16h (horário de Brasília), a seleção brasileira tenta neutralizar uma arma que vem do banco de reservas: o experiente técnico Julio Velasco.

“Eles vieram desfalcados, mas têm jogadores mais velhos e um técnico experiente, que sabe o que faz e conhece de vôlei como poucos. É uma equipe com bom volume de jogo e que se defende. Temos que ser pacientes no jogo”, afirmou o levantador Bruninho.

A Espanha está sem os irmãos Falasca (Miguel Angel e Guillermo) e sem Inácio Rodríguez. “Os três principais jogadores deles não vieram e a equipe está renovada. Eles têm o Velasco que sabe demais das coisas e pode mudar o jogo”, opinou o ponteiro Murilo.

Com o pior ranking entre 24 seleções participantes do Mundial, a Espanha surpreendeu na estreia. A 37ª colocada endureceu o jogo contra Cuba, mas cedeu no fim e perdeu por 3 a 2. Agora tenta novo bom jogo contra o líder do ranking mundial, o Brasil.

O retrospecto em torneios da FIVB (Federação Internacional de Voleibol) é amplamente favorável ao Brasil. São 21 vitórias verde-amarelas contra apenas cinco dos espanhóis. O último encontro ocorreu em novembro de 2007 pela Copa do Mundo, com triunfo dos comandados de Bernardinho.

Após a vitória fácil na estreia contra a Tunísia, o Brasil tenta melhorar o bloqueio e o saque para obter a segunda vitória pelo grupo B. A equipe encerra a participação na primeira fase em duelo contra Cuba, às 16h de segunda-feira.

“A Espanha é um time que joga bem taticamente. Tem um misto de jogadores jovens e experientes e joga sem pressão. Eles ganharam recentemente da Sérvia e da França. Tem um belo time. Vamos precisar ser mais consistentes e lineares e sacar e bloquear melhor”, disse Bernardinho.

A seleção segue sem Marlon, que está com suspeita de Doença de Crohn (inflamação crônica intestinal). A dúvida é Leandro Vissotto. O oposto sentiu dores no calcanhar e deixou a estreia contra a Tunísia no segundo set. No treino desta manhã foi poupado após sentir o problema em corrida de aquecimento. Recuperado de contratura muscular nas costas, Dante deve voltar a ser titular.

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