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Reuters

Bernardinho ainda tenta fazer com que o Brasil controle mais os seus erros

27/09/2010 - 07h07

Brasil joga com lado passional de Cuba por vitória em '1ª final' no Mundial

Roberta Nomura
Em Verona (Itália)

O temperamento cubano já é famoso no mundo do voleibol. E é justamente este lado emocional que a seleção brasileira masculina quer explorar para tentar desestabilizar o adversário em confronto direto às 16h (horário de Brasília) desta segunda-feira, em Verona. Com duas vitórias cada, as equipes duelam pela liderança do grupo B do Campeonato Mundial, disputado na Itália, na primeira ‘final’ para o time verde-amarelo.

PROJEÇÕES PARA O BRASIL NA 2ª FASE

Se for líder do grupo Se fica em 2º do grupo
Milão
Brasil x 2º do F
3º do D x Brasil
2º do F x 3º do D
Ancona
1º do F x Brasil
3º do E x 1º do F
Brasil x 3º do E

“Eles não vem nada diferente do que a gente já conhece. É uma seleção hiper perigosa. Quando joga com placar a favor é que nem boiada estourada, ninguém segura. Mas eles têm o lado emocional. Perdem a paciência muito rápido. Quando o bloqueio adversário começa a funcionar, eles começam a brigar entre si. Temos que aproveitar isso”, afirmou o ponteiro Dante.

E, de fato, as duas seleções se conhecem bem. Entre as 24 seleções participantes do Mundial, Cuba é a terceira equipe com quem o Brasil mais cruzou em torneios da FIVB (Federação Internacional de Voleibol), atrás somente de Estados Unidos e Rússia. São 47 confrontos, com 26 vitórias verde-amarelas e 21 caribenhas.

“Temos que controlar os erros, manter um bom saque. Eles têm altos e baixos. Quando estão em alta é complicado para qualquer time. Mas quando estão em baixa tem que aproveitar a oportunidade”, analisou Bernardinho. O técnico, inclusive, colocou Cuba como um dos candidatos ao ouro, mas como uma importante ressalva: “Tem potencial, se for regular pode brigar pelo título”.

Renovado, o time cubano retornou à elite. No ano passado, voltou a disputar uma fase final de Liga Mundial após ausência desde 2005. A nova geração de Cuba revelou a maior promessa do voleibol mundial atual: o ponteiro Wilfredo Leon, de apenas 17 anos.

Diante do Brasil, a equipe caribenha também tenta fazer jogo psicológico. A equipe verde-amarela tem o desfalque confirmado de Marlon, que está com suspeita de Doença de Crohn (inflamação crônica intestinal), e joga toda a primeira fase com apenas um levantador: Bruninho. Questionado sobre o assunto, o técnico Orlando Samuels falou que espera que o jogador ‘desequilibre’.

“Temos que manter a concentração o tempo todo. A ausência do outro levantador pode ajudar muito se o que estiver em quadra jogar mal. Mas se for bem não muda em nada. Vamos jogar contra a melhor equipe do mundo. Se não a melhor, uma das melhores”, falou Samuels.

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