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Roberta Nomura/UOL

Com 2,05 m, oposto é o mais alto dos EUA e dorme com o pé para fora da cama

29/09/2010 - 17h08

Campeões olímpicos dormem 'mal', batem cabeça, mas evitam críticas a hotel

Roberta Nomura
Em Ancona (Itália)

Os Estados Unidos deixaram para trás o conforto de um resort em Reggio Calabria após o fim da primeira fase do Campeonato Mundial de vôlei. Líderes do grupo D, os atuais campeões olímpicos estão na pequena Ancona para a disputa da segunda etapa. O hotel é quatro estrelas, mas não oferece a mesma infra-estrutura anterior e os atletas sofrem com elevadores pequenos, dormem com o pé para fora da cama e até batem a cabeça na porta.

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    Companheiro de quarto de Stanley,  Salmon precisa abaixar-se para entrar no elevador

Nada disso tira o bom humor dos norte-americanos, que evitam críticas abertas ao hotel e dizem que já estão até acostumados com esta realidade. “É normal isto acontecer. Não tem nada demais, porque somos grandes mesmo. Isso é o voleibol”, disse o oposto Clayton Stanley ao UOL Esporte.

O melhor jogador dos Jogos Olímpicos de Pequim e algoz brasileiro é o mais alto entre os norte-americanos, com 2,05 m. Stanley afirmou que costuma encontrar mais este tipo de situação na Europa. Para entrar no elevador e passar pela porta do quarto precisa dar uma singela abaixada na cabeça.

Enquanto conversava com a reportagem, esqueceu do fato e bateu com a cabeça na porta de seu quarto, que mede cerca de 1,90 m. E mesmo assim não perdeu o bom humor: “Isso acontece às vezes”. O oposto norte-americano divide o quarto com o também campeão olímpico Riley Salmon, de 1,97m.

“É um problema pequeno, mas viemos aqui para disputar o torneio e estamos focados nisso”, desconversou Salmon. O ponteiro falou que, de fato, precisa abaixar para entrar no elevador, mas que dentro dele é confortável por ser mais alto. O espaço, no entanto, é pequeno e comporta somente quatro pessoas em um total de 325 kg.

Isso não seria um problema, já que o hotel tem apenas quatro andares. “É verdade, mas não usamos a escada. Temos que poupar as energias para os jogos”, brincou Salmon. Da seleção norte-americana, somente o líbero Alfredo Reft (1,75 m) não sofre com os habituais inconvenientes por ser o único com menos de 1,90 m.

A seleção norte-americana está em Ancona para a disputa da segunda fase do Mundial. Integrante do grupo L, os campeões olímpicos não devem encontrar dificuldade para obter uma das duas vagas da chave na terceira etapa, já que mede forças com República Tcheca e Camarões. A primeira partida é nesta quinta-feira, às 12h (horário de Brasília).

O jogo será preliminar à estreia do Brasil na segunda fase. A equipe brasileira também está em Ancona e enfrenta a Polônia, às 16h (de Brasília) desta quinta, em reedição da final do último Mundial. No sábado, os comandados de Bernardinho encaram a Bulgária, no mesmo horário.

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